segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Era uma vez: No reino mágico das fadas (3)

Entretanto, na ilha dos seres brilhantes, o conselho dos magos decisores fora avisado e já se encontrava reunido. Era um recinto grande, em tonalidades brilhantes de azul que variavam de cambiante e intensidade, à medida que as paredes se aproximavam ou afastavam no seu constante movimento ondulante, que alimentava o fogo de crepitar metálico, que se erguia do centro e iluminava a sala.
os magos encontravam-se em redor do fogo, formando um anel de energia e luz a passar de uns para os outros com um zunido intermitente e grave.
Eram seres estranhos, de pequenos corpos esguios, assentes em pés largos e achatados que os faziam levitar um pouco acima do chão. Os braços, muito curtos, serviam apenas para lhes dar equilíbrio, pois faziam tudo com a mente que residia na cabeça, grande e achatada, onde não se distinguia qualquer órgão e apenas se via a luz intensa que emanava e que tirara a vida a tantos habitantes do reino mágico das fadas. Fora essa luz fatal que ditara o exílio dos seres brilhantes. No entanto, por detrás dela já não havia maldade. A vida dos seres brilhantes, sob a orientação do mago Orlix, que sucedera a seu pai, terminada a guerra com as fadas mágicas, evoluíra para um estádio de sabedoria e paz. Conheciam o poder fatal do seu brilho e já não queriam usá-lo para destruir. Haviam desenvolvido uma cultura de luz na verdadeira acessão da palavra. Só assim se compreendem as palavras com que Orlix iniciou a reunião do conselho:
“Amigos, o nosso reino pode correr perigo. Uma fada mágica foi capturada na na praia sul da nossa ilha”.
Houve alguma agitação: o zunido da energia que os unia aumentou de volume e o tom tornou-se mais agudo. Orlin continuou:
O Guardião está a averiguar a razão desta incursão. Entretanto, toda o corpo de defensores está em posição de alerta, em redor da ilha. Os vigilantes do lago também estão todos em alerta máximo.
O mago mais jovem, sobrinho de Orlix, pediu permissão para falar e foi ouvido:
“E se vêm com intenção de ocupar a nossa ilha? Não seria melhor atacarmos antes que nos ataquem a nós?”
“Ansiex, não te precipites. Não conhecemos a intenção das fadas. Durante tanto tempo os nossos reinos mantiveram uma vizinhança pacífica, sem qualquer interferência um com o outro. Tal como nós, as fadas só devem desejar que as deixem em paz. Veremos o que diz o Guardião. Ei-lo!”
Foi dada palavra ao Guardião que, da entrada da sala e de cabeça baixa para não enfrentar a luz dos magos falou:
“Excelências. Temi o pior. Mas parece que a jovem fada que capturámos agiu isoladamente e sem conhecimento da rainha das fadas, sua mãe. Parece ter sido uma atitude arrogante e leviana da sua parte. Está aprisionada, impedida de fazer qualquer movimento, de boca presa e olhos vendados, para evitar que faça magias que possam prejudicar-nos. Estou às vossas ordens para o que for preciso fazer.”
“Bom trabalho, Guardião. Aguarda a nossa decisão.”

Entretanto, no reino mágico das fadas, a corte estava com a rainha, procurando uma solução para o inesperado problema criado por Marbel. Continuavam a temer o pior, pois não conheciam como tinha evoluído o reino dos seres brilhantes.
……………………
Continua
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2 comentários:

  1. Anónimo7.2.11

    Hello! So you are in the kingdom of fantasy? I've read the story with my dougther and she's curiose about the future of Marbel. Please, tell more about it.
    Kissis from bouth of us. John

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  2. Anónimo8.2.11

    Minha amiga só hoje pude aceder à internet e apreciar a sua fantasia e foi com agrado que li as descrições irreais que me fizeram imaginar um mundo tão fora deste onde os seres brilhantes conseguiram perceber para que serve o brilho da mente. Estou com uma expectativa muito positiva sobre o desenrolar desta história mágica. Bem haja por ela. Luiz Vaz

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