sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo

De repente, num momento fugaz,
Os fogos de artificio a estalar,
Anunciam um ano novo a chegar,
O ano velho acena e fica para trás.

De repente, há uma alegria,
Há uma renovada esperança,
Que parta a amarga lembrança,
E que a felicidade nos sorria.

De repente, em qualquer nação,
Língua, credo, origem ou cor,
Só se fala de bem e de amor,
Dando asas ao querer do coração.

De repente, voltamos a acreditar,
Que o mundo é o nosso lugar,
Que só temos que dele cuidar,
Para que se torne real o sonhar.

Um Novo Ano cheio de prosperidade,
É o meu desejo mais sincero e profundo,
Não fique triste, se não poder fazer tudo,
Desde que o que faça seja com bondade.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Post.it: Natal hoje

Depois do dia de Natal, há um outro Natal que ainda sentimos em nós. Depois do dia de natal há um cansaço que nos deixa felizes e, tudo começa devagar, desobedecendo ao ritmo do relógio. Olhamos em redor, as luzes da árvore de Natal continuam a cintilar, as figuras do Presépio continuam a sorrir-nos, a casa cheira doces. Sentamo-nos no sofá, o olhar ainda não está refeito de tanto que viu, o rosto ainda guarda os sorrisos do dia anterior, então, sem pressa, começamos a desembrulhar as lembranças, não aquelas que vêm cobertas de papel colorido mas as que nos chegam através de cada pessoas que se cruza connosco, que nos estende um abraço, que se senta ao nosso lado, que partilha memórias, vivências, como correu o ano desde o Natal anterior. As novidades, os sucessos, as mágoas, os nascimentos, as partidas, as vidas de cada um que tocam a nossa com maior ou menor profundidade. 
Essa troca de sentimentos, essa partilha de momentos, os risos, os silêncios, de tudo isso é feita a festa e, o Menino Jesus, na manjedoura deitado, assiste a tudo, não como quem pede atenção sobre si, mas como quem nos incita a continuar a celebração, orgulhoso com o sucesso de uns, solidário com o fracasso de outros, num incentivo de esperança para que prossigamos Para que a cada momento renasça em nós a força que nos é coragem. Porque como li uma vez,  “coragem não é ter força para prosseguir, mas o prosseguir mesmo quando nos falta a força”. Que o Natal enquanto sentimento de confiança, fé, ânimo, expectativa e alegria, continue sempre presente em nós.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Post.it: O Natal é das crianças

"O Natal é das crianças". Sim da criança que existe em cada um de nós. Uma criança que nos faz sorrir nos dias tristes. Que nos dá esperança nos momentos de desalento.
É essa criança que nos faz enfeitar a nossa casa e as ruas, que nos faz ver os outros com  um terno olhar. Que nos faz desejar a todos um Feliz Natal, como se isso significasse um acontecimento que se repercute por todos os dias do ano.
É essa criança que nos salta no peito e para fora dele em corridas loucas para comprar ou fazer as lembranças para todos os entes queridos. E que essa lembrança em forma de um  presente que se oferece, seja a partilha de um afecto, de um momento especial em que lembramos e somos lembrados, em que amamos e somos amados.
Natal é o momento em que a ternura do ser criança se derrama sobre a terra. Que a alegria de criança nos contagia. Que a inocência de criança nos faz de novo acreditar. Que a coragem de criança nos faz renascer.
Que a vontade de criança nos faz ultrapassar os obstáculos.
Que a paz das crianças põe fim às nossas guerras interiores.
Natal é das crianças, por isso, deixem ressurgir a criança que há em vós e sejam felizes neste e em todos os Natais que vos aconteçam diariamente.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Presentes de Natal

Para o teu inimigo, confiante perdão.
Para um filho, educação com afeição.
Para um mau vizinho, muita tolerância.
Para qualquer chato, eterna paciência.
Para um terno amigo, o teu coração.
Para um familiar que precisa, dedicação.
Para o teu amor, todo o teu carinho.
Para cada ave canora, o mais fofo ninho.
Para os mais necessitados, caridade.
Para mim, a mais generosa humildade.
Para todos vós, uma vida de felicidade.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Post.it: Melancolia

Que olhas de olhos fechados? Que procuras ai parado? Quantas dúvidas nos suscita a certeza de busca em nós de tantos vós. Certeza efémera esta perene dúvida em que vendo tudo à nossa frente, nada encontramos. Labirintos onde perdidos do universo redescobrimos o nosso mundo.
Solidão, diz quem passa. Solidões prefiro anuir, porque há dias assim e outros que assim não são.
Se ao menos fossemos pássaros, se ao menos pudéssemos voar, mas não, estamos presos a este planeta pela força da gravidade que nos circunda.
Mentiras que contamos para nos convencer que não somos livres. Quando as únicas grades que nos impedem de partir são os grilhões da consciência. Feliz de quem não a tem, pareces dizer enquanto observas o vazio.
Um vazio que não está no olhar, um vazio que já ultrapassou os limites do horizonte, que mergulhou em ti, que se perdeu em mim e juntos na nossa contínua distância prosseguimos estrada fora.
Tu estátua inerte suscitando tantos movimentos ao pensamento de quem como eu passa e para, nem que seja só para ver o que tu vês, a vacuidade que nos impele a ser matéria de preenchimento.
Quem lhe roubou o coração? Quase nos apetece perguntar. Mas não é só esse órgão que lhe falta. Falta-lhe toda a essência que o humaniza, toda a atitude que o revela feliz. 
Estranha ilusão de óptica que nos constrange e angustia, olharmos para ti e vermos por alguns momentos assustadores a nós…


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Post.it: O pinheirinho de Natal

Era uma vez um pinheirinho que vivia no meio da floresta, rodeada pela sua família e muitos amigos. Todos os anos por altura do Natal vinham pessoas de todos os lados e escolhiam os mais belos para levar consigo. Mas o pinheirinho lá ficava, nunca ninguém o escolhia. O pinheirinho ia ficando vez mais triste, perguntava aos outros pinheiros a razão de nunca ser escolhido mas ninguém lhe sabia responder, então convenceu-se que devia ser um pinheirinho feio e desenxavido de quem ninguém gostava.
Entretanto, mais um Natal se passou, veio o seguinte e o pinheirinho continuava na mesma floresta rodeado que amigos que partiam e de outros que chegavam.
Durante esse tempo questionava-se para onde iriam os seus amigos e familiares, todos lhe respondiam que iam para uma festa linda, ficavam em casas enfeitadas e que lhes colocavam bolas e luzes coloridas, por vezes ficavam rodeados de prendas que as pessoas abriam com espanto e alegria. Contavam-lhe também que numa noite especial todos se reuniam com familiares, cantavam canções a um menino a quem chamavam Salvador do mundo, que era uma criança muito amada e que amava todos os que festejavam o seu nascimento. Na manhã seguinte a festa continuava e as prendas que não tinham sido abertas na noite anterior eram agora distribuídas pelas crianças que vinham ainda em pijama procurar a oferta que o Pai Natal lhes trouxera pela chaminé.
 – Pai Natal? Questiona o pinheirinho, - Mas não era o Menino Jesus? E os amigos respondem-lhe, - Cada lar, cada família tem a sua tradição, há quem celebre o nascimento de Jesus, mas também escrevem ao Pai Natal para que lhes traga uma prenda especial. No fundo, o que importa é o espírito que envolve cada pessoa. No Natal todos se sentem mais generosos, todos sentem saudades dos que não tiveram tempo de abraçar durante o ano inteiro. No Natal todos se sentem unidos, trocam-se as mágoas por sorrisos e as ausências por beijos e abraços.
Perante esta história, o pinheirinho ficou ainda com mais vontade de vir a ser escolhido, de ser enfeitado e fazer parte da festa natalícia. E nesse ano uma família escolheu finalmente o pinheirinho. Arrancou-o com cuidado sem ferir as raízes.
 – Vamos levar este pinheirinho, é pequenino mas lindo, depois do Natal voltamos a planta-lo para que continue a crescer.
E foi assim que nesse ano e nos seguintes o pinheirinho esteve numa casa, foi a alegria de uma família, enfeitado, cheio de luz, sentia-se feliz como nunca pensara vir a ser.
Os anos passaram e o pinheirinho cresceu, mas cresceu tanto, que já não cabia em nenhuma casa, então foi convidado para ser o pinheiro de Natal dessa cidade, ai foi colocado, enfeitado e cheio de luzes, todas as pessoas chegavam para o verem. Em 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e o pinheirinho, agora uma linda e frondosa árvore acendeu as suas milhares de luzes para dar as Boas Vindas ao Natal