segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Post.it: Saltar das cadeiras

 Olho para aquele olhar ingénuo e confuso. Perdido entre ordens e contra ordens, proibições e limitações. Incrédulo no seu silêncio de quem ainda não sabe questionar, lêem-se muitos porquês?
Porque não posso saltar nos sofás, desenhar nas paredes, espalhar bonecos sobre os móveis ou subir para as cadeiras?
A vossa realidade de adultos é confusa e restritiva da minha fantasia. Se olhassem o mundo pelos meus olhos veriam como os sofás se transformam em montanhas que os carrinhos têm de subir. Que as paredes ficam mais divertidas quando nelas desenho meninos e meninas a brincar num jardim com árvores e flores. Que os bonecos sobre os móveis são a minha reprodução de uma cidade desordenada. E como as cadeiras  podem ser divertidas como desporto radical para transpor obstáculos e saltar.
Olho para a limpidez daquele olhar e pergunto-me quando deixei de ser criança, na ingenuidade, na pureza, nos ideais, na fantasia e no acreditar.
Quando comecei a sentar-me nas cadeiras e perdi a coragem de saltar delas para conquistar os meus sonhos.


3 comentários:

  1. Anónimo25.10.10

    É verdade crescemos ganhamos muito, perdemos outro tanto a ingenuidade e a coragem de quem não se pôe a medir as consequências. Faz parte, não é?

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  2. Anónimo25.10.10

    Oi amiga, aceito o convite, vamos saltar das cadeiras! já estou quadrada de estar sempre sentada nelas!

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  3. Anónimo25.10.10

    Ó minha querida eu até saltava da cadeira e depois a minha osteoporose? Acho que prefiro ficar sentada!

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