sábado, 16 de outubro de 2010

Post.it: Birth

Não procuramos todos aquele útero perdido quando somos colocados no mundo?
Agarramo-nos ao cordão umbilical, choramos, implorando um regresso ao cosmos pacifico da nossa curta existência.
Apertamos aquele dedo que colocam na nossa mão aberta. É firme, quem sabe ele nos guie no nosso percurso pelo desconhecido.
Depois aquele colo que nos envolve num só abraço. Esse abraço-navio, que nos embala o adormecer. Junto a esse peito, porto de abrigo.
Paramos de chorar, os olhos são pequenos para ver tanta coisa em nosso redor. O entendimento é lento para compreender o que são e de quem são aqueles sorrisos que se nos oferecem.
E,  de repente, tudo começa a fazer sentido, a derreter as  nossas  ignorâncias  e a deixar-nos “ancorados" neste  universo feito de vida. É tempo de criar raízes de conquistar o nosso espaço, de gritar pelo almoço que demora ou a noite que é demasiado solitária, escura e longa.
Erguem-nos, convidam-nos a caminhar, temos medo, não queremos chegar sozinhos ao futuro, quando ele não é o amanhã, mas o passo seguinte.
Esta é a nossa história, a primeira de muitas fases da nossa vida recém-nascida.
Quando nos criam sonhos, quando nos inventam futuros.
- Tem ar de doutor, tem dedos de pianista e pés de nadador.
Sorrimos.
Dizem que são efeitos da lua, que  os bebés não sabem rir….?

3 comentários:

  1. Anónimo16.10.10

    Gostei do teu "nascimento" só tu com o teu "olhares" o podias explicar e sentir assim

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  2. Anónimo16.10.10

    Lembras-te disso? eu não, mas gostava que tivesse sido assim

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  3. Anónimo16.10.10

    Gostei muiiiiiiiiiiiiito do teu "birth" é diferente mas mto bonito

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