sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As amarras

Ainda existem as amarras,
Amarras de esperança.
O passar fatigado das horas,
o embalo da lembrança.

Essa folha que já foi flor.
Esse espaço que já  foi abraço.
Esse postal que já teve cor.
Na espera que se tornou cansaço.

Esta canoa não quer partir
pelas águas da solidão.
Ainda tem tanto onde ir,
segurando a tua mão.

3 comentários:

  1. Anónimo22.10.10

    A pior das amarras chama-se saudade.
    bjs, gaivota

    ResponderEliminar
  2. Anónimo22.10.10

    Por mais que cortemos as amarras há sempre aguma que permanece...

    ResponderEliminar
  3. Se há saudades é porque as amarras são boas. Então não as cortemos todas, deixemos algumas a prender-nos ao cais.

    ResponderEliminar