quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O tempo do contra

Se queremos que o tempo corra,
ele anda devagarinho,
e obriga-nos a esperar.

Esperar é difícil
custa sempre muito:
o autocarro que não chega,
a carta ou o mail que não se recebe,
a vez que nunca mais é a nossa,
o tal dia que teima em tardar.
Oh! Como custa esperar!

E, quando se espera por alguém,
então ainda é pior!
Nunca mais vem?!
Por que demora?
Que lhe terá acontecido?
Será que me esqueceu!?
Que ansiedade,
que sobressalto!

Se desejamos que alguma coisa dure,
parece que o tempo corre, até voa!
E obriga-nos a apressar!

O dia do exame vem tão depressa,
que nem conseguimos estudar!
As contas que traz o carteiro
todos os dias chegam sem faltar!
A festa, demoramos tanto a prepará-la
e acaba mal começamos a festejar.
Esgotam-se as horas do desejado encontro,
voam, nem dá bem para as saborear!

E, quando olhamos para trás,
para a vida que já vivemos!?
Então, ainda é pior!
Como passaram tantos anos?!
Quantos terei ainda para viver?
– Por favor, tempo, passa devagar!
– Não sou eu! Eu não passo nem voo!
É a tua vida que teima em se apressar!

2 comentários:

  1. Anónimo7.10.10

    O tempo...é bem verdade que nunca, nunca corre como desejamos, ora depressa, ora devagar, mas nunca como nós queremos...

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  2. Anónimo8.10.10

    O tempo é que fazemos dele. Não o deixes passar, vive-o, aprecia-o para que ele vá ao teu ritmo.

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