terça-feira, 19 de outubro de 2010

Post.it: Em português nos (des)entendemos

Falar e escrever  é uma capacidade psíquica, mas é simultaneamente o conhecimento obtido pela aprendizagem dum código linguístico em que nos expressamos.
Devia ser simples, afinal todos nós aprendemos a falar nos primeiros anos da nossa infância. No entanto revela-se complicado, ou será que somos nós que complicamos? Quantas vezes queremos ouvir algo que surge expresso por outras palavras? O que nos leva a ficarmos presos no nosso impasse emocional não as conseguindo interpretar. Desta forma lá vai por água abaixo a teoria de Descartes que o “bom senso é a coisa mais bem distribuída”.
Mas como se não bastassem os obstáculos humanos,  que criam dificuldades na comunicação, constatamos que embora a língua seja a mesma, na maior parte das vezes vemo-nos  “gregos” para entender as outras pessoas e que  apesar da base do português ser o latim, quantas vezes sentimos que parece que falamos “chinês”?
Hoje em dia já falamos/escrevemos mais (brasileirês) do que português. Não bastando estas modificações, a que chamam a evolução da língua; a era moderna como o uso e abuso da escrita rápida de mensagens (sms) para dizer muito e escrever o mínimo, gerou um novo código que só alguns entendem, os outros sentem-se  infoexcluídos.
Como diz o povo na sua magistral sabedoria “o português é traiçoeiro”. Permitam-me que acrescente “atraiçoado”.
Por este andar qualquer dia estamos a comunicar em código Morse (… ---...) (sos).
E acabamos por ficar cada vez mais silenciosos e sós.

3 comentários:

  1. Anónimo19.10.10

    Pois é o português está a ficar em vias de extinção. lol

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  2. Anónimo19.10.10

    Também, falam-se e escrevem-se tantos disparates que um pouco de silêncio até sabe bem

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  3. Anónimo19.10.10

    sabes que mais também digo o mesmo ...---...

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