quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Post.it: Os futuros do futuro

Olho em frente, vislumbro em cada passo, um pouco de ti (futuro), um pouco de mim.
Do que sou e do que serei quando aí chegar.
Na bagagem levo a escola duma vida. Levo as ferramentas que me permitem
desbravar o futuro.
Mas que futuro? o que está no longínquo ou aquele que desejo?
Suponho que hajam muitos futuros possíveis num futuro que é o nosso.
Futuros encadeados, construídos pelas nossas opções, pelas nossas decisões.
Somos causa e consequência numa eterna inerência de acontecimentos.
Propostas que a vida nos coloca em cada momento.
Mas o futuro desejado, na maior parte das vezes não alcançado, é aquele que nos magoa
em cada revés, mas é igualmente o que nos faz erguer e continuar.
Este espírito de mar, esta necessidade de infinito, este medo de estagnação, leva-nos
mais além, à conquista do que julgamos ser nosso.
Angústias, fracassos, tristeza, são  o resultado das nossas elevadas pretensões, ambições, desejos, esperanças e expectativas.   Eis aquilo a que chamamos e idealizamos como futuro nos altos voos que nos fazem cair por terra. Quantas vezes me lembro da Efémera, aquele insecto,  espécie de borboleta  que  tem apenas 24 horas de vida. Nessas poucas horas ela tem de viver uma vida inteira: passado, presente e futuro. Quando o seu passado é o nascimento, o seu presente é amar e o  futuro  é o próximo segundo, o momento em que se reproduz e deixa  uma nova vida para encerrar um ciclo que se multiplica infinitamente.
Devíamos aprender com ela a viver o  hoje com a intensidade de quem não sabe se tem um amanhã.

2 comentários:

  1. Anónimo20.10.10

    "Esse espirito de mar" nunca nos deixa acentar em terra e valorizar o que a vida nos dá.Tens razão deviamos apreciar o hoje.

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  2. Anónimo20.10.10

    Ai as (bagagens da vida) tornam por vezes o futuro tão longe! Mas um dia de cada vez e lá chegaremos...

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