quarta-feira, 23 de março de 2011

Gaivota

Gaivota, quantas vezes voaste,
Partiste mas de novo voltaste.
O teu coração está preso à terra,
e o espírito sempre em guerra,
Contra cada regresso de esperança,
Fica na partida a mera lembrança.
Gaivota quando de novo te fores,
leva contigo a saudade de amores.
Leva a primavera não florida,
lava com mar a minha ferida.
Gaivota, quando te vejo a planar,
plana contigo o meu sonhar
Tivesse eu asas de vento.
Não me bastaria o firmamento,
Pudesse eu tocar cada estrela,
Traria para te oferecer a mais bela.
Para colocar junto da tua janela,
e ficarmos juntos a olhar para ela.
.

5 comentários:

  1. Anónimo23.3.11

    Boa amiga se o teu voo te levar às estrelas traz-me também uma estrela daquelas a quem pedimos desejos. Desejaria que a tua poesia fosse eterna e ganhasse asas para chegar a todos os que dela precisam.

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  2. Anónimo23.3.11

    Gostei muito da tua gaivota, quase me apeteceu pedir-lhe uma boleia na sua asa. Mas depois pensei que era demasiado pesada e contentei-me em ficar a vê-la voar. Bjs A.

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  3. Anónimo23.3.11

    Que bonito voo, suave, triste mas cheio de esperança, quem sabe um dia encontra outra asa que a queira acompanhar? Bons voos, cheios de amizade.Bjs, Amália

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  4. Anónimo23.3.11

    Tão criativo, tão visual que por momentos me senti a planar com ela.Bjs, Rui

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  5. Anónimo23.3.11

    A poesia tem uma linguagem própria, mais do que a forma, importa sobretudo o conteúdo. Este deve ser claro e envolvente na sua cadência. Deve ter sensibilidade e quase melodia. É tudo isso que encontro na sua escrita, tanto em poesia como em prosa. Essa envolvência, esse sentir e afectividade tão rara nos dias que correm. Não a perca nunca nem nos seus voos, que enriquecem o saber. Um abraço, Antero

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