sexta-feira, 18 de março de 2011

Era uma vez: No reino mágico das fadas (18)

Marbel e os jovens magos encontravam-se agora prisioneiros de Ansiex e seus cúmplices. Ele próprio tentava obrigá-los a confessar as “reais intenções” da sua chegada à ilha. Felizmente que Ansiex não dominava a ciência de controlo de pensamentos como o professor Inventix. Assim, a princesa e os jovens magos puderam combinar entre si não responder absolutamente nada, mantendo-se em silêncio absoluto. Tinham sido levados para um lugar estranho, frio e escuro, onde se ouvia constantemente o ruído de um vento forte e tão insistente que parecia sentir-se mesmo ali, dentro daquela espécie de caverna, de paredes acobreadas e com uma luz natural avermelhada que parecia nascer de uma reentrância onde qualquer coisa se encontrava incandescente. Com eles, também imobilizado, encontrava-se o vigilante que sobrevivera ao Ataque de Ansiex.
Irritado por não conseguir o que pretendia, Ansiex ordenou aos dois seres brilhantes que o acompanhavam que fossem buscar o professor Sabax, pois ele deveria ter acesso à tecnologia de leitura dos pensamentos.
“Mas, Ansiex, essa leitura já foi feita e o que resultou não vai de encontro aos nossos interesses!” – respondeu um dos cúmplices.
“Pois, tens razão. Deixemos os prisioneiros aqui. Ninguém sabe que fomos nós que os raptámos. Pode até ser que pensem ter sido eles a evadir-se sozinhos, o que também corre a nosso favor. Voltemos aos nossos afazeres e deixemos que tudo se desenrole por si.”
Na sala do conselho, os decisores acabavam de tomar conhecimento do desaparecimento da princesa e dos jovens magos. A primeira reacção foi acusar Ansiex, uma vez que o pó encontrado à entrada da sala indiciava corresponder aos restos mortais de um dos vigilantes desaparecidos, o que levava a crer ter sido destruído por um ser brilhante.
No entanto, Ornix não quis que se tirassem conclusões precipitadas e ordenou que toda a verdade fosse apurada. De seguida, mandou entrar o Guardião. Este encontrava-se ainda estupefacto pela revelação dos magos mensageiros. Mas respondeu com segurança:
“Se vindes por bem, porque não vos mostrais?”
“Que garantias nos dais de que não seremos aprisionados como a nossa princesa?”
“A mesma que vós me dais a mim se eu confiar em vós”
Os magos mensageiros resolveram arriscar e desfizeram o feitiço protector, mantendo, no entanto, a protecção activada a protecção contra o poder letal do brilho dos seres brilhantes. A bolha foi-se tornando visível e, depois, começou a desfazer-se lentamente, até que os jovens magos ficaram em pé, perfeitamente visíveis e em frente ao Guardião.
“Pronto, aqui nos tendes. Levai-nos a quem tem poder para receber a mensagem da nossa rainha”.
“Por razões de segurança, preciso de conhecer o teor da mensagem.”
“Revelá-la-emos a quem a deve receber. No entanto, trata-se de um pedido de negociação pacífica.”
Nisto, o Guardião foi chamado à sala do conselho. Como gesto de boa vontade e de resposta à confiança dos magos mensageiros, o Guardião conduziu-os à presença dos decisores.
A sala ficou em completo silêncio perante a entrada dos magos. Nem o habitual zunido do anel de luz se fazia ouvir. A própria ondulação das paredes parecia ter cessado.
O Guardião apresentou os seus acompanhantes e explicou a sua presença. Então, Ornix indicou-lhes o centro do círculo formado pelos decisores e disse:
“Colocai-vos onde todos possamos ver-vos e ouvir-vos bem.” E, perante a hesitação dos magos, insistiu: “Estamos todos de boa fé ou nem teríeis conseguido chegar até aqui. Temos tanto interesse em resolver esta situação como a vossa rainha. Cumprio a vossa missão!”
Os magos acederam e colocaram-se n centro da sala. Sentiram-se estranhamente confortáveis e começaram a ouvir o zunido do anel de luz que unia os decisores. Então começaram a transmitir a mensagem de voz da rainha Amada.
…………….
Continua
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No reino mágico das fadas (19)
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