sexta-feira, 4 de março de 2011

Era uma vez: No reino mágico das fadas (13)

Nas margens do lago das mil cores, de um e outro lado das suas águas, tudo era passado a pente fino, em terra, no ar e nas águas pois, embora de ambas as partes existisse a esperança de que toda a situação se resolvesse em bem, a histórica desconfiança mútua levava a que fossem tomadas todas as precauções de segurança.
No reino das fadas, a espera tornava-se mais incómoda, pois temia-se pela princesa e também pelos jovens magos. Entretanto, os novos voluntários já tinham partido, envoltos na magia protectora, mas com indicações de que deveriam dar-se a conhecer assim que se encontrassem do outro lado do lago, na praia na ilha, para que a sua missão fosse cumprida o mais rapidamente possível.
Também Mentax, o cientista responsável pela programação dos robotixis, recebia orientações de Amix relativamente à preparação dos mensageiros, no sentido de que estes se apresentassem de forma amigável, sem possibilidade de serem entendidos como uma ameaça.
Enquanto isso, a princesa e os jovens magos continuavam na mesma sala, em levitação e com a mesma sensação de bem-estar e conforto, mas ainda sem possibilidades de comunicação entre si, pois, apesar da sua convicção de que os sete jovens não constituíam perigo, o professor Inventix queria ter a certeza de que nada correria mal por descuido seu.
Os dois vigilantes encontravam-se ainda na sala, um à entrada enquanto o outro verificava amiúde os painéis electrónicos que se encontravam no centro da sala. Foi assim que se apercebeu da chegada de três seres brilhantes e avisou o colega:
“Ansiex e dois dos seus amigos acabam de entrar na cúpula.”
“Será que se dirigem para aqui?”
“Provavelmente. Vou avisar o professor Inventix. Este Ansiex não me inspira confiança!”
Assim fez. Mas Ansiex chegou primeiro à porta da sala e, perante a hesitação do vigilante em deixá-lo entrar, ele libertou momentaneamente o poder do seu brilho e, em segundos, reduziu-o a um punhado de pó. Perante esta reacção, o vigilante dos painéis apressou-se a activar o seu escudo protector contra o brilho e envolveu nele os jovens prisioneiros. Quando Ansiex entrou na sala, deixando do lado de fora os dois amigos, o vigilante cumprimentou-o, fingindo grande respeito e admiração pela sua actuação no conselho de decisores, o que apaziguou a sua agressividade.
A princesa e os jovens magos, apesar de não saberem o que se tinha passado, sentiram-se inquietos perante aquele ser brilhante cuja entrada tinha mudado a cor e o ritmo de ondulaçao das paredes e transformado a melodia em ruído áspero e intermitente.
…………….
Continua
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No reino mágico das fadas (14)
http://posdequererbem.blogspot.com/2011/03/na-praia-da-ilha-o-guardiao-assistiu.html

1 comentário:

  1. Anónimo4.3.11

    Quanta imaginação! Gosto do movimento e do som como coreografia do enredo. Ao longo de toda a história encontra-se este tipo de efeito especial no texto, o que é original. Tenho de a cumprimentar por isso e também pela reviravolta inesperada que deu ao desenvolvimento da trama. A ideia de interligar os vários trechos também foi boa,já que facilita a leitura integral. Meus cumprimentos desde Curitiba

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