terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Continuarei a fazer-te versos

Sim, continuarei a fazer-te versos,
Ainda que os conjugue noutro tempo.
Quando as rimas são desassossegos,
metáforas de asas dançando no vento.
Então as letras, parágrafos soluçantes
tornam prisioneiro o constante sonhar
Nas minhas ilusões deambulantes.
Estrofes que se  recusam  a acordar
Das hipérboles que a alma  abriga
Quando tento separar fantasia e razão
Porque a doce poesia já me obriga
a esquecer o longínquo eco da paixão.

10 comentários:

  1. Anónimo11.1.11

    As emoções envolvem as pessoas em diversos graus. Numa situação saudável, quando a emoção não encontra correspondência no objecto dos seus afectos, há um necessário afastamento. E um posterior luto para reencontrar o necessário equilíbrio emocional. Nem sempre é um processo fácil, depende muito do grau de envolvimento, das esperanças depositadas, mas, e sobretudo do estado de fragilidade emocional em que a pessoa se encontra. O perigo desta situação é o de hiperbolizar os sentimentos e entrar num processo de desvalorização pessoal a ponto dos sentimentos se tornarem uma obsessão e a pessoa perder o domínio de si própria entrando numa espiral de perca de auto-estima e consequente depressão. Mas é sempre saudável que a relação finda guarde ainda alguma ternura na lembrança, porque atenua a dor do rompimento. Bjs Sandra B.

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  2. Anónimo11.1.11

    Durante muito tempo embalados pela ternura do que já fomos, do que já sentimos. A saudade adquire hipérboles que precisamos de desmontar para aquietar o coração.Beijocas

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  3. Anónimo11.1.11

    É sempre um prazer reencontrar a tua poesia. Aqui onde num jogo de palavras misturam-se figuras de estilo para dar sentido ao conteúdo da mensagem. Bonito e original. Bjs José

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  4. Anónimo11.1.11

    Gosto sempre do que escreves, seja num tom nostálgico, seja meio a brincar mas dizendo sempre coisas muito sérias.Bjs A

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  5. Anónimo11.1.11

    A tua capacidade criativa deixa-me sempre sem palavras.Bjs Rui

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  6. Anónimo11.1.11

    Oi, estou chegando pela manhã e já vou vendo o seu blog. Sou portuguesa mas estou aqui no Brasil à mais de 30 anos.Gosto muito de poesia portuguesa, Fernando Pessoa e Forbela Espanca, mas agora estou ficando fã de você. Bjs Marina

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  7. Anónimo11.1.11

    Gosto muito da tua poesia, é especial, tem uma cadência doce e mesmo quando tem um tom de leve humor sente-se que por detrás está alguém muito sensivel. Bjs Luís

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  8. Anónimo11.1.11

    São esses ecos que nos mantêm prisioneiros nos amores que findam, mas deixam atrás de si "parágrafos deambulamtes" e "hiperboles que a alma abriga" e como abriga, doce amiga. Mudou o nome, passou a chamar-se saudade, nostalgia de um navio que passou, aportou e partiu... Beijos grandes, Leonor

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  9. Anónimo11.1.11

    Olá, a tua poesia faz-me sempre lembrar um vou de aves. Fazes-me viajar na tua inspiração. Bjs

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  10. Anónimo11.1.11

    Conheço-te há muitos anos e mesmo assim sinto-te sempre como uma novidade, uma renovada sensibilidade. Nunca deixes de fazer versos, conjugados seja em que tempo for. Falem de amizade, de risos, de amor ou de lágrimas. Sei que os dirás com todo o coração. Bjs, M.

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