Quando elas começaram a invadir as nossas estradas, resisti, contestei. Considerei que apenas iram empatar e tornar mais lento o fluir do trânsito. Descobri depois as suas vantagens. Principalmente para pessoas que como eu não têm grande sentido de orientação. Que andam sempre perdidas, a rotunda é para nós a salvação. Podemos sempre voltar para trás e recomeçar a procura do caminho certo. Se não acertarmos, há-de surgir algures uma nova rotunda para nos ajudar.
Claro que tenho que sair de casa com 2 horas de antecipação. Como diz uma amiga minha “tens sempre que ir visitar todas as rotundas”. Como não me quero dar por vencida, até porque esta minha amiga gosta de me provocar, explico-lhe com ar sereno:
– Gosto de rotundas, do seu percurso circular. Sabes que o círculo está ligado à eternidade?
– Sim, sim, estou a perceber agora porque levas uma eternidade a chegar a algum lado.
– Claro, tenho que conhecer bem o círculo porque o circulo é o símbolo da perfeição. Não tem principio nem fim.
– Tens toda a razão, viajar contigo parece que não tem fim. Mas ao contrário do círculo, sabemos quando começa mas nunca quando acaba. Já agora quando é que decides sair desta rotunda?
Já percebi o que andaste a a fazer no fim-de-semana. A visitar rotundas. Muito divertido este teu post.it. Bjs, Amália
ResponderEliminarPor acaso tb gosto de rotundas, sempre se pode voltar a trás caso me perca. Mas nunca me acontece porque todos os caminhos vão dar a Roma. Bjs A.
ResponderEliminarGosto do que escreves, porque até a coisa mais banal escrita por ti adquire um efeito especial. Bj, Rui
ResponderEliminarA sua escrita é criativa, imaginativa e envolvente. Cada texto é uma surpresa que não entedia, muito pelo contrário cria uma sensação de prazer e de agradável companhia. É desafiante e inovadora. Os temas que aborda são curiosos e renovadores. Entre o sorriso e a lágrima está sempre a esperança que nos oferece. Um abraço, Antero
ResponderEliminarFartei-me de rir. Gosto do seu humor jovial. Mas ri-me sobretudo porque me revi no seu texto apesar de não ter a sua capacidade de aceitação, perco-me constantemente. Ainda sou do tempo em que não havia quase rotunda, tinha que inverter a marchar e retomá-la noutro ponto. Mas sempre cheguei ao destino. Claro que cheguei uma vez atrasada a um casamento, mas não houve problema porque os noivos chegaram a horas e eles é que eram as estrelas da celebração. Um grande beijo, Adelaide
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