quarta-feira, 25 de maio de 2011

És o meu fado

Que destino é este
que sem querer me amarra.
Vento forte que vindo de leste
sopra nas cordas duma guitarra.

És meu o fado,
a minha perdição.
Meu sonho encantado
com trinados de desilusão.

Com que tristeza,
com que espanto.
com que delicadeza,
criaste este meu pranto.

Que destino me deste,
com promessas de eternidade.
No dia em que me ofereceste,
este mar de ondulante saudade.


6 comentários:

  1. Anónimo25.5.11

    Não estava à espera deste Fado, embora reconhecesse na tua poesia uns certos trinados bem afinados quando tocados com alma. A tua conheço-a bem, de tão doce e gentil. Beijocas C.

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  2. Anónimo25.5.11

    Todos nós temos o nosso “fado”. Alguns mais melodiosos que os outros. Gostei do teu, não seu se será mesmo o teu, porque te assumes como “olhares” de outras histórias. José

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  3. Anónimo25.5.11

    Seremos todos nós prisioneiros do nosso “Fado”, ou do destino? Há quem aceite que sim. Mas também temos que ter consciência da possibilidade de dizer não, de tornar forte a nossa vontade. De erguer a nossa auto-estima e contrariar o nosso pessimismo. Sandra B.

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  4. Anónimo25.5.11

    Ai amiga, com este Fado é que me derreteste toda. Não foi o calor, até porque tenho ar condicionado. Foi este fado, assim cantado. Agora só faltava ser a Mariza a cantá-lo para ficar mais melodioso. Bjs, Amália

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  5. Anónimo25.5.11

    A poesia semanal, gostava que fosse mais do que um por semana. Adoro poesia, nem sempre tem que ser triste. Mas quase sempre pela tristeza é fadada.

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  6. Anónimo25.5.11

    Que fado tão bonito, quase que ouvi o trinado triste da guitarra, que toca a sua solidão pela madrugada fora. Um abraço, Antero

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