sexta-feira, 1 de abril de 2011

Era uma vez: No reino mágico das fadas (22)

Na sala do conselho foi grande a surpresa de todos quando entraram mais dois jovens magos que haviam entrado na cidade do mesmo modo que os seus companheiros. O facto de os verem bem e constatarem que se preparavam para regressar com uma mensagem animadora, ganharam confiança e mostraram a mensagem da rainha Amada e a gravação do robotix que traziam consigo.
O nome de Ansiex foi o primeiro que aflorou ao pensamento de Ornix. Foi fácil deduzir o que se passara. O seu rosto contraído e a intensidade do seu brilho deixavam adivinhar o desgosto e a preocupação que o consumiam.
“Guardião, reúne o corpo de intervenção e procura Ansiex. Temo que esteja por detrás de tudo isto.” “Ornix” – advertiu Inventix – “talvez seja bom ponderar melhor a situação. Não temos provas de que tenha sido ele e, além disso, mesmo que seja responsável não deve ter agido sozinho. Temos de ser cautelosos.”
“Sim. Tens razão”. E dirigindo-se ao Guardião: “Colocai todas as forças em alerta e procurai saber urgentemente quem está com Ansiex e como foi possível tal mensagem ter chegado ao reino mágico das fadas.”
O Guardião saiu para dar cumprimento à ordem de Ornix. Este continuou a falar, mas para Inventix.
“Usemos da mesma manha. Vou mandar chamar Ansiex como se fosse para tratar de um assunto do conselho. Assim, poderemos utilizar o leitor de pensamentos para verificar se a nossa suposição é correcta, sem que tenha ocasião de avisar os seus cúmplices.” E voltando-se para os jovens magos:
“Vós, parti imediatamente e ponde a rainha Amada ao corrente da situação. Nos robotixis que enviámos, há uma luz verde. Se ainda estiver acesa, como a deste que trouxestes, é porque ainda têm a verdadeira mensagem, escrita, do conselho de decisores. O compartimento deveria abrir-se por iniciativa dos robotixis mas, como foram alterados, o dispositivo não funcionou. Inventix dar-vos-á as instruções necessárias para que a rainha Amada possa aceder a essa mensagem. Fazei com que aceite o encontro de amanhã. Talvez ainda vamos a tempo de evitar uma tragédia!”
Os jovens magos uniram-se para formarem a bolha protectora e, assim portegidos, partiram para a missão mais importante das suas vidas.

Enquanto isso, no reino mágico das fadas tomavam-se todas as precauções defensivas e preparavam-se as forças de ataque, com novos poderes mágicos e bélicos que ainda não tinham sido experimentados em situação real. Em poucas horas tudo estaria pronto.

Sobre o algo das mil cores abatera-se uma violenta tempestade. Ventos uivantes e chuvas de granizo e ácido acordavam todos os seres maléficos das profundezas que eram desafiados pelas feiticeiras aprisionadas na superfície das águas a usarem as suas artes de destruição até onde fosse possível chegar o seu alcance. A tempestade, que se estendia para lá das margens do lago e cobria parte da ilha e do reino mágico das fadas, obrigava a todas as cautelas e dificultava a travessia. Mesmo assim, os mensageiros de Ansiex, nas suas criaturas voadoras e mais negras que as densas nuvens de chuva, conseguiam prosseguir lentamente, elevando-se a uma altitude que lhes permitia sobrevoar a tempestade.
Porém, os jovens magos, tiveram muita dificuldade em iniciar a travessia do lago. A sua bolha protectora parecia não querer resistir à força do vento e ao impacto da chuva de granizo e ácido. As memórias deste tipo de tempestade perdiam-se no tempo e, por isso, a magia protectora não havia contado com esta possibilidade. Todavia, os jovens magos enfrentaram tenazmente a tempestade e elevando-se o mais acima possível, começaram a sobrevoar as águas turbulentas e ameaçadoras. Tudo dependia deles. Essa seria a sua força.
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Continua
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No reino mágico das fadas (23)
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