A escada, olho-a, não sei se sobe, se desce. Sugere-me idêntico ao dilema da vida, nunca sabemos a direcção em que vamos. Os optimistas dirão que vamos em frente. Os pessimistas, acharão que só se anda para trás. Não querendo discordar de uns ou concordar com outros, digo que o que importa é caminhar. Caminhar sempre, quem sabe se um dia encontra-se o rumo certo. A escada, essa permanece inerte mas não indiferente, está ali como se fosse um convite para partilhar os seus degraus. Os corpos cansados dirão que é muito alta e que já lhes faltam as forças para subir. Para outros, as articulações dificultam o descer.
A escada, olho-a, sinto-a como um momento de evasão. Não sei se sobe, não sei se desce, mas leva-me daqui para algum lugar onde ainda não estou.
Uma análise curta mas profunda, uma escada, mais do que uma estrada que nos parece lisa, um caminho com degraus, obstáculos. Com dificuldades em ultrapassar, continuamos, apesar do cansaço, apesar das dores para chegarmos ao topo ou para descermos até á nossa meta. Um abraço, Antero.
ResponderEliminarGostei desta Escada, nem sempre gosto dos degraus, mas tal como dizes, sejam quais forem as dificuldades temos que a subir ou descer, o destino o dirá. Bjs, A.
ResponderEliminarUma escada metafórica, as dificuldades que povoam o nosso viver. Olhando-a, percebi, que tens razão, pode ser uma evasão ou um convite a não desistir. Bjs, Amália
ResponderEliminarSurpreendeu-me esta Escada, que sobe ou desce consoante a nossa percepção. Como sempre incitando a caminhar seja qual for o sentido, seja qual for a dificuldade. Bjs, Rui
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