sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um bater de asas

Foi uma asa apenas,
que na leveza do ar voou.
Mas no seu voar não deixou
nem um rasto de penas.

Foi simples rasgar do vento.
Passagem que ninguém viu.
Passagem que ninguém sentiu.
No breve passar do momento.

Olhando para o céu vazio
Tudo permanece igual.
Terá passado afinal,
ou de facto nem existiu?

Mas aquela folha caída,
sentiu o toque daquele voar.
Que cuidou dela ao passar
e a deixou em paz adormecida.

2 comentários:

  1. Anónimo5.11.10

    Tenho saudades dessa asa, espero que não tenha voado de vez. Bjs

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  2. Anónimo5.11.10

    Que o teu voo nunca te leve para muito longe porque gosto de te ter por perto.

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