sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Lembras-me...

Lembras-me
Um encanto de marés,
Numa calma a transbordar.
Onda que se derrama aos pés,
No desejo do amor alcançar.
Lembras-me
Uma imensa praia deserta,
onde os passos nunca caminharam.
Como se fosses a rota incerta,
Em que os sonhos se desencontraram.
Lembras-me
Um cais a onde aportaram
barcos, viajantes de solidão.
Que em ti em vão buscaram,
algo mais que uma paixão.
Lembras-me
Um farol na noite escura.
Uma esperança renovada,
na luz que de forma segura,
indica o caminho da enseada.
Lembras-me
Uma vela entregue ao vento,
no desejo eterno de acreditar.
Mas deixou-te na alma o tormento
e o teu ser num profundo mergulhar.
Lembras-me
Um vasto azul navegador.
Que acalma o forte vendaval
Quando este se transforma em dor
e o mar dos teus olhos sabe a sal.

4 comentários:

  1. Anónimo19.11.10

    Finalmente um poema teu, já tinha saudades. Cada vez que os leio viajo e sinto o que escreves.Obrigada, Bj Raquel

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  2. Anónimo19.11.10

    Que lindo poema, todo ele feito de elementos marítimos e depois o desfecho as lágrimas de mar que tal como ele sabem a sal.Beijocas

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  3. Anónimo19.11.10

    Lembras-me sempre um sol de inverno. Que nos aquece a alma no dia mais frio. Bjs A.

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  4. Anónimo19.11.10

    Lembras-me sempre uma flor: frágil, bonita e gentil. Mas quando é preciso és uma árvore: Forte, sólida, persistente. Bjs Rui

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