sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Post.it: Educação sexual nas escolas

Outro dia  numa conversa de café com umas amigas o tema de debate era a educação sexual nas escolas. A mãe duma menina pré-adolescente argumentava contra. As mães de rapazes em idade adolescente defendiam o  sim.  Segundo uma delas convinha sobretudo elucidar mais do que proibir. Logo a mãe da menina contrapunha discordante, considerando que mais do que esclarecer, aguçavam a curiosidade e pior, ainda lhes ofereciam  preservativos! Claro que para eles aquela oferta significa um convite à prática já que segundo estes já não corriam riscos.  Mantenho-me neutra, prefiro argumentar com a lógica e  a lei. Penso basicamente que é melhor praticar com conhecimento dos métodos do que os ignorar e praticar na mesma. Em termos legais: Aprovada a 11 de Agosto de 1999, a lei nº 120/99, Artigo 2º, vem permitir o enquadramento da Educação Sexual em meio escolar. Posteriormente a lei nº 60/2009 de 6 de Agosto estabelece que a Educação Sexual é a partir de então obrigatória desde o 1º ciclo até ao ensino secundário. A primeira visão com que se fica deste assunto  é   que a mensagem transmitida aos jovens é “usa o preservativo e diverte-te”. Enquanto  a Organização Mundial de Saúde apela ao modelo A-B-C ou seja “A” de (Abstinência), “B” de (Be faithful/ser fiel) e “C” de (Condom/preservativo).
Partilho agora convosco  o “susto” duma avó quando  a sua neta de 7 anos,  a informou que já sabia “como se fazia sexi” – informação puramente biológica, fornecida por uma prima de 8 anos que tinha assistido a uma aula de educação sexual na escola.
Sugiro   que se encontre o meio termo e ele está na família  a quem deveria caber o papel principal na abordagem e esclarecimento  sobre a sexualidade. Quanto à  escola, a esta deveria uma atitude de complementaridade. Porque uma boa educação sexual  permite aos  jovens obterem  um melhor enquadramento para tomarem as suas decisões, fazerem as suas escolhas e reconhecerem  as suas consequências. Para além de fomentar um claro discernimento dos seus valores, conhecimento e aceitação do corpo e da vida afectiva.

17 comentários:

  1. Anónimo5.11.10

    Sobre esta questão devo dizer que tb acho que só vai incentivar à prática sexual descontrolada.

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  2. Anónimo5.11.10

    Concordo contigo é em casa que deviam dar os primeiros ensinamentos

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  3. Anónimo5.11.10

    Discordo de que a educação sexual seja dada pelas escolas, até porque tanto quanto tenho conhecimento que dá essa matéria nem tem formação para tal

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  4. Anónimo5.11.10

    Esta questão tem mexido muito comigo porque o meu filho de apenas 9 anos chega-me a casa super confuso, cabe à mãe ter de mais que explicar, descomplicar o que na escola lhe disseram

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  5. Anónimo5.11.10

    Tanto quanto sei esta questão tem gerado muitas discussões, e em certos paises tem-se concluido que esta "educação" escolar tem suscitado mais duvidas e curiosidades do que esclarecimentos que evitem o correr de certos riscos. Beijocas

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  6. Anónimo5.11.10

    Adorei o modelo da OMS, e do A, B, C.
    Vou tentar explicá-lo à minha criança. Obrigada! Bj

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  7. Anónimo5.11.10

    Educação sexual nas escola, não, por favor! A minha filha de 8 anos já me anda a dar cabo da cabeça com isso!Não é cedo ainda para lhe explicar essas questões? Que saudades das histórias da cegonha que vinha de França e trazia os bébés... Bjs

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  8. Anónimo5.11.10

    Que me desculpem as vozes discordantes mas concordo com a educação sexual nas escolas. Numa parceria multidisciplicar tanto de Porquê? porque tenho verificado o esforço para esclarecer e informar as crianças e jovens. professores como de assuntos. Desde a saude,nutrição e higiene, como até tocando a questão da afectividade. Tenho visto o empenho de professores, psicólogos e enfermeiros inclusive. Quem mais do que eles podem esclarecer as naturais dúvidas das nossas crianças. Curiosidade? sempre houve, agora há a liberdade de questionar abertamente. A prática, talvez se esconda menos do que noutras épocas.Portanto dou o meu pleno avalo.Bjs

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  9. Anónimo5.11.10

    Têm mesmo a certeza que a família explica? Têm mesmo a certeza que a família fala sobre o tema e que os jovens falam sobre o tema com a família? Como aconteceu connosco?... Além disso, a maioria dos jovens não seguem os conselhos dos pais, bem pelo contrário. Será que de facto com 8 anos é muito cedo para se iniciar esse tema? Há raparigas que deixam de ser meninas antes dos 10 anos, ainda agora nos telejornais se falou de um caso de uma menina de 10 que foi mãe. Podem dizer que era por ser cigana e romena... mas quem não conhece casos de miúdas que foram mães aos 12/13 anos.
    De facto, actualmente, há algumas famílias que falam sobre a sexualidade com os seus filhos, mas não nos podemos esquecer que a escola é para todos e nesses “todos” estão incluídos os outros jovens cujas as famílias não falam com eles. Ainda outro dia vi um programa da Oprah em que se falava sobre a idade da iniciação sexual das raparigas, em que participavam as filhas e as mães, e para espanto das próprias mães a maioria (ou mesmo a totalidade) das raparigas já tinham iniciado a sua vida sexual. Havia uma que tinha 14 anos e que tinha começado já algum tempo, chegando mesmo a dizer “Sei que agora estou metida em sarilhos em casa…” e haviam de ver o ar de espanto da mãe com as declarações da jovem.
    É preciso ter cuidado em abordar o tema nas escolas? Sim, porque quem transmite as informações pode formar ou deformar as cabecitas dos jovens e por isso os professores deveriam ter formação, mas não podemos continuar a enfiar a cabeça na areia. Os nossos jovens passam hoje muito tempo na Escola e por vezes sozinhos em casa…
    Olhares, de facto, lançaste um assunto “polémico” e como podes constatar ainda hoje não é encarado de forma aberta e sem tabús. Bem hajas. Bjs

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  10. Anónimo5.11.10

    Face ao tema deste "Post.it" pareceu-me ser uma boa sugestão a dar às famílias, isto para quem ainda não sabia.

    "Sexo... e então?! - uma exposição sem tabus no Pavilhão do Conhecimento.

    O que é estar apaixonado? Qual a diferença entre um beijo explosivo e um beijo distraído? O que acontece ao corpo dos rapazes e das raparigas quando chegam à idade do armário? Será que dar as mãos é fazer sexo? E podemos obrigar alguém a gostar de nós?

    Rigorosa, atractiva e sem tabus. Assim é a nova exposição do Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva. Sexo... e então?! explica o amor e a sexualidade de uma forma clara e divertida ao público pré-adolescente (dos 9 aos 14 anos) e também diz respeito às famílias, aos educadores e ao público em geral.
    Pode ser visitada até 28 de Agosto de 2011. Associada à exposição decorrerão actividades complementares, como debates, palestras e ateliês.
    Mais informações em www.pavconhecimento.pt".

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  11. Anónimo5.11.10

    Concordando com uns, discordando de outros apraz-me dizer que prefiro a educação familiar. A grande questão é se essa família tem disponibilidade e capacidade para tal, mas o ideal seria que tivesse. Digo isto porque tive uma família presente e sempre atenta ao desenvolvimento dos filhos. Tudo me foi explicado com amor e carinho e por isso aprendi a confiar e a fomentar posteriormente essa mesma confiança e disponibilidade na minha prole. Tenho 3 filhos e um diálogo aberto. Eduquei os 3 e fi-lo de forma diferente para cada um. Como pode a escola fazê-lo de forma individual, conhecer a maneira de abordar um tema tão sensivel desconhecendo a forma como cada criança entende a temática. Por isso defendo que cabe à família este e outros papeis. Bjs

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  12. Anónimo5.11.10

    Concordo contigo, deve haver um meio termo e sobretudo bom senso. A familia ou a escola? Prefiro dizer ambas, em conjunto, com diálogo e responsabilidade. Bjs

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  13. Anónimo5.11.10

    Gostei da temática. Ás vezes apetece-me enterrar a cabeça na areia, mas não é possivel quando se tem 2 filhas adolescentes. Quem me dera encontrar a explicação que fosse o suficiente para as afastar dos perigos que da sexualidade não esclarecida advém. E mesmo os mais esclarecidos correm alguns riscos porque nada é totalmente infalivel, só mesmo a abstinência, a fidelidade e a sorte?

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  14. Anónimo5.11.10

    Olha tenho uma boa relação com os meus filhos, mas sei que as conversas com os colegas muitas vezes anulam a informação que os pais lhes passam. Um dia num programa de rádio fiquei escandalizado quando ouvi um jovem a dizer que a sida era uma invenção dos pais para que os filhos não praticassem sexo. É urgente esclarecer!!!, BJ

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  15. Anónimo5.11.10

    A educação sexual não é um assunto fácil de abordar. Primeiro porque se na escola os professores não têm a devida formação muito menos os pais. No entanto estes têm uma grande vantagem, conhecem os filhos sabem como lhe dar a informação, talvez não seja a mais exacta e cientifica mas é aquela que o coração e o seu conhecimento lhes permitem dar.

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  16. Anónimo5.11.10

    Talvez correndo o risco de ver as coisas duma forma muito pragmática, digo que mais do que dar informação de métodos, etc, era preferivel começar por transmitir valores morais. Bjs Rui

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  17. Agradeço a todos/as que aqui quiseram deixar o seu parecer e esclarecimento e, referir que é sempre agradável quando um blog ultrapassa a sua função lúdica e lança alguma luz sobre o tema que aborda. Obrigada

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