quarta-feira, 30 de novembro de 2011

De esperança naufragada


Nessa margem não há cais,
Nem um porto de abrigo.
Para descansar dos vendavais,
No calor dum abraço amigo.

Voar parece ser o seu fado,
Asas de vento, solidão.
Procurar em todo o lado,
O caminho do coração.

Gaivota que voa perdida.
Pelos céus da madrugada.
Que nos mares desta vida,
Deixou a esperança naufragada.

Mas se alguém a encontrar
Num voar para parte incerta.
Indique-lhe a felicidade dum lar
Deixando-lhe uma janela aberta.

9 comentários:

  1. Anónimo30.11.11

    Adoro o mar, é para mim um reencontro com a essência da vida. Adoro gaivotas, invejo-lhes a liberdade de voar. Neste poema estão os dois elementos, para mim tornou-se quase perfeito. Porque a perfeição seria que encontrasse essa janela aberta.

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  2. Anónimo30.11.11

    Achei encantadora essa janela, que se deseja aberta, como um farol que nos guia nos desnorte. Uma simples janela, sem coragem para pedir uma porta, mais ampla. Apenas uma janela que permita a entrada nesse lar, que seja um porto de abrigo, o descanso de um cais. Porque ele existe, algures escondido na costa. Um grande beijo, Adelaide

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  3. Anónimo30.11.11

    Querida amiga, se não existir uma janela, haverá uma porta, completamente escancarada para um abraço amigo. Beijocas, C.

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  4. Anónimo30.11.11

    Quanta verdade encerra cada verso, de uma gaivota que não desiste de voar em busca dessa janela aberta. Acredito que essa janela exista em muitas casas que querem ser para ela um lar.

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  5. Anónimo30.11.11

    Como sempre, fico a navegar nesse terno voar. Espero que essa janela se abra...

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  6. Anónimo30.11.11

    Adoro ler a tua poesia, tem uma subtil beleza que nos embala os sentidos. Bjs A.

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  7. Anónimo30.11.11

    Um poema, pequenino, mas grande na sensibilidade, no toque que nos deixa desse voo sem norte. Bjs, Amália

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  8. Anónimo30.11.11

    Há um cais grande, até dois, nesta margem. Tu é q não os procuras...
    Qt ao fado, já é património imaterial da humanidade, por isso não te queixes!!

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  9. Anónimo2.12.11

    Eu aprendi a adorar o mar, é nele que encontro a minha serenidade e é ele que me compreende.
    Os teus poemas são delicados e sensiveís assim como tu.
    Para ti, tenho sempre as janelas, as portas, os braços,o coração tudo aberto é só tu quereres!Bjs

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