Sempre ouvi dizer que a reta é a distância mais curta entre dois pontos, no entanto, andamos sempre às voltas em busca de algo que pode estar tão perto. Escolhemos o caminho mais longo, aquele que tem maior número de curvas e declives. Porquê? Questionamos um dia quando tomamos consciência de que tornámos tudo muito mais difícil. Mas o que fazer se temos este espírito inquieto, insatisfeito, se vivemos nesta busca incessante de novos desafios? O impossível atrai-nos, o fácil deixa-nos na monotonia. “O pecado me atrai, o que é proibido me fascina”. Somos conquistadores, caçadores. Quando a sorte nos bate à porta, desconfiamos e não abrimos. Se ela espreita pela janela, criamos muros à nossa volta. Se o amor nos chama, tapamos os ouvidos, não acreditamos na sua lealdade ou receamos a sua finitude. Será que se esqueceram de nos ensinar a regra básica de que a reta ainda é a distância mais curta entre dois pontos? Afinal o que desejamos pode estar perto enquanto nos perdemos a buscá-lo mais além, no quase infinito.
Gostei desta linha reta, não conhecia a teoria, descobri que vem da matemática. Curiosa e gira para ale de elucidativa. Beijocas, C.
ResponderEliminarNão sei como és, mas imagino-te pacificada, em harmonia com o mundo. Invejo-te o à-vontade que tens com as palavras, a dança das frases que nos conduzem para o ponto final, porque mesmo quando fazes suaves curvas levas-nos com segurança até à meta. Depositaria com confiança o meu coração nas tuas mãos, sinto que irias cuidar dele como cuidas de cada ideia que conjugas para ilustrar os pequenos/grandes post.its. Obrigado, J.
ResponderEliminarÉ mais fácil dizer do que fazer. Seguir em frente, parece que andamos em linha reta, só mais tarde é que percebemos a diagonal que fizemos na tentativa de chegar ao nosso objectivo e atingir a nossa meta. Mas gostei muito de ler esta mensagem, sempre tão conciliadora com a vida.
ResponderEliminarRetas? Já me tinha esquecido deste conceito de distância. É bem verdade que é mais directo seguir nessa direção mas será a certa? Depois de escolher tantos caminhos porque não seguir por esse? Vou tentar! Luís
ResponderEliminarQuem me dera ver a vida com o teu olhar. Passar a andar em reta, quando sinto que não saio das rotundas da vida. Começo, acabo, recomeço e no fundo parece tudo igual. Onde está o ponto da reta que não encontro, acho que vou comprar um gps.
ResponderEliminarParece simples descrito assim, já procurei seguir a reta, mas há sempre um obstáculo que me faz andar em curvas ou declives. Talvez seja verdade que buscamos longe, porque raramente apreciamos o que está perto, talvez o tenhamos como seguro e depois de alguns disparates podemos sempre regressar. José
ResponderEliminarÉ bem verdade que a reta é a distância entre dois pontos, uma lição da matemática que devíamos transpor para a vida. Mas o difícil é encontrar os dois pontos, o da partida conhecemos mas o da chegada é sempre uma incógnita. Fascinam-nos as dificuldades, os desafios, por isso só a idade faz com que nos permitamos ser mais selectivos e ponderados nas nossas decisões e procurar a tranquilidade do amor/amizade duradouro, ao amor/paixão fugaz. Tudo na vida é aprendizagem. Sandra B.
ResponderEliminarEste post é muito verdadeiro em todos os sentidos. A vida é complicada ou somos nós que complicamos? Eu aposto na segunda hipótese.
ResponderEliminarLeio os teus pequenos textos e fico a pensar, como é fácil, porque é que nós não vemos? É preciso ter uma grande capacidade de reflexão e análise para entender e simplificar a vida tal como tu o fazes.