segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Post.it: Há sempre um olá...

Quantos adeus temos que fazer na vida? Passar pelos momentos, vivê-los, senti-los, darmos o nosso melhor, recebermos, partilharmos e partimos ou partirem de nós. Pode ser triste, devastar-nos ou tornar-nos mais fortes, mais completos, mais ricos na aprendizagem.
Uma amiga minha que tem uns maravilhosos 85 anos, e que é em pessoa, a ternura, a complacência, a tranquilidade, a certeza, a aceitação, a bondade de uma vida aprendida, aproveitada, concretizada. Feliz? Sim, em muitos momentos, diz-me com olhos brilhantes. Olhos de quem viu o mundo, não só o mundo geográfico mas o mundo humano. Invejo-lhe a grandiosidade desse olhar, enquanto o meu ainda se entreabre surpreendido e receoso de encarar a luz que julga ser do sol, mas que é afinal a luminosidade da vida à espera de ser vivida.
“Nunca saberemos onde a vida nos leva e onde estará cada final. Por isso, enquanto aqui estivermos, vamos rir e sonhar que tudo o que possuímos é eterno, que nunca haverá um adeus definitivo para que cada um seja apenas o prelúdio de um novo olá.

8 comentários:

  1. Anónimo28.11.11

    Tem toda a razão a sua amiga, reconheço esse sentido da vida, a cada ano que passa, uma tranquilidade que nos vai invadindo e a certeza do caminho que queremos traçar. E esteja segura que chegará lá com a mesma ou maior grandiosidade, que já se denota nas palavras que diariamente nos oferece. Um grande beijo, Adelaide

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  2. Anónimo28.11.11

    Talvez seja verdade, nunca há um adeus definitivo, apenas o guardamos numa “pasta” diferente da nossa vida, aquela a que chamamos de “passado”. Mas o melhor de tudo é fazer um delete de vez em quando para que esse passado não ocupe o espaço que é necessário para o presente e para o futuro.

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  3. Anónimo28.11.11

    Acredito nesta “eternidade” mesmo que seja efémera, tal como dizes, devemos vivê-la plenamente sem questionar no tempo que pode durar. José

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  4. Anónimo28.11.11

    Esta tua amiga deve ser especial, porque saber envelhecer é cada vez mais uma arte. Não é para qualquer um “o saber envelhecer” com graça e sem amargura. retirando as lições que a vida nos oferece as transformar em ensinamentos para os outros. Somos talvez para o futuro aquilo que vivemos, os ganhos e perdas. Mas e sobretudo a contabilidade dos nossos ideais e fracassos, numa balança normalmente muito pouco equilibrada. Sandra B.

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  5. Anónimo28.11.11

    Mais uma mensagem esperançosa, não sei se para ti, se para todos os que aqui lêem cada mimo que nos ofereces, seja como for, obrigada. Leonor

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  6. Anónimo28.11.11

    Gosto desta ideia de que por mais que tudo acabe há sempre um recomeço a espreitar. Amália

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  7. Anónimo28.11.11

    Haverá sempre um olá? Não sei, por mais que tente contabilizo mais adeus. Bjs A.

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