Romances onde a palavra voa,
E mesmo que não seja boa.
A escrita sempre permanece,
Quando na estante adormece.
Ela liberta-nos deste lugar,
Eleva-nos, faz-nos sonhar.
Com uma outra realidade,
Cheia de paz e felicidade.
Oferece-nos bons amigos,
Que nos afastam dos perigos.
Sentimo-los como quase irmãos,
Tocamo-los no estender das mãos.
Confiamos-lhes as mágoas,
Afogamo-las nas suas águas.
Conhecemos as suas histórias,
E festejamos as suas vitórias.
Desejamos-lhes um final feliz,
O que cada um para si quis.
E na hora da despedida,
Fica a saudade entristecida.
De repente, fiquei com saudades dos meus (amigos), vou tirá-los da prateleira, tirar-lhes o pó e deixar-me acompanhar pela sua presença. Muitos deles marcaram a minha vida. Fizeram-me rir, chorar e em alguns momentos acreditar, que o final feliz existe. Porque na verdade existe mesmo, talvez não no momento em que desejamos, não com a pessoa que julgamos ser a melhor para nós, mas um dias quando menos esperamos, acontece. Quase literário, quase perfeito, e dá-nos vontade de o escrever. Por vezes penso, até que ponto estes romances não são em algum momento, biográficos? Quero acreditar que sim, para conseguir continua a sonhar.
ResponderEliminarMuito original e simultaneamente curioso. Por tudo isso adorei. Realmente tens razão, os livros são excelentes companheiros, e muitas vezes grandes amigos. Bjs A.
ResponderEliminarÉ bem verdade que nos envolvemos nas histórias literárias. Romances que por vezes sentimos quase como se fossem nossos. Choramos e rimos com as emoções que nos transmitem. Alberto F.
ResponderEliminarLindo e muito bem escrito. Mas também verdadeiro, quantas vezes são a nossa melhor companhia, aqueles que cumprem os nosso ideais e conseguem o que nós não conseguimos, um final feliz. Amália
ResponderEliminarUm poema com um ritmo mais dinâmico, mas ainda assim envolvente. Fala de outro estilo literário. Dos romances, narrativas que nos transportam para outros mundos. De fantasia, que precisamos por vezes para compensar a crueza da nossa realidade. Um abraço, Antero
ResponderEliminarMinha linda, mais uma vez um tema curioso e uma abordagem muito própria. Junto às tuas as minhas palavras, para homenagear todos os amigos que nos acompanham ao longo da vida, nas tardes de inverno ou nas horas de laser ao sol. Beijocas. C.
ResponderEliminarTenho lido seus posts, muito bonitos, refrescantes e ternurentos. O de ontem me deixou nas nuvens. Porque era para lá que gostaria de levar meus 2 filhos, já nascidos aqui no Brasil. Também gostei deste poema, falando de outros (muitos) dos meus amigos, os personagens de histórias em que me deixo envolver e viajar com eles. No final, fica uma alegrias e inveja por esse final feliz, mas como você diz, também a saudade de quem parte. Mas vou à biblioteca buscar outro que afaste esse sentir e me dê novas emoções, Beijão, Marina
ResponderEliminar