segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Esperei por ti


Esperei por ti,
Em cada Primavera,
Que murchou de solidão.
Em cada Verão,
Que não me aqueceu o coração.
Em cada Outono,
Que no silêncio caiu.
Em cada inverno,
Que só o vento se ouviu.

Esperei por ti,
Com a chuva no olhar,
E uma tão vaga esperança,
Que te fez em mim ficar,
Terna e definitiva lembrança.
Essa gota que fechei na mão,
Triste desencontro da felicidade.
Não a quero reter no coração,
Deixo que voe com a saudade.

7 comentários:

  1. Anónimo16.1.12

    Uma poesia tristemente bela, bem de acordo com o quadro do dia, cinzento mas com o sol a tentar espreitar. Leonor

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  2. Anónimo16.1.12

    Olá, adorei a tua poesia. Alberto F.

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  3. Anónimo16.1.12

    Uma espera que acaba por se transformar em saudade. Acontece muitas vezes, este sentimento de que tudo foi em vão. Esta divisão entre a espera e a esperança. O desejável é que fique uma doce lembrança, e que ganhe asas para um lugar cada vez mais distante. Sandra B.

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  4. Anónimo16.1.12

    Um poema que fala de espera, mas também de esperança, que a espera termine. Quem sabe, quantas estações ainda teremos de passar sem essa felicidade encontrar, mas um dia ela vai bater à porta. Beijocas, C.

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  5. Anónimo16.1.12

    Senti este passar das estações, numa espera infinita, duma chuva no olhar que acabou por secar e já imagino o sorriso a renascer. Um grande beijo. Adelaide

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  6. Anónimo16.1.12

    Gosto de começar a semana com poesias relaxantes. A tua é linda. Obrigada Amália

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  7. Anónimo16.1.12

    É sempre bom começar assim, com esta cadência poética. Beijos

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