sexta-feira, 22 de julho de 2011

Eterno devaneio

Dá-me o hoje, o agora,
Aquele breve instante.
Em que a última estrela
Já se vai embora,
e o dia bate radiante,
na vidraça da tua janela.

Dá-me um último beijo.
Não lhe chames o primeiro,
Muitos te dei em devaneio,
Quando à noite a navegar,
Por sonhos de marinheiro,
Não conseguia despertar.

E então viajava pelo teu ser
E dele fazia o meu lar.
Tornando-te o meu mundo,
Onde me queria perder
Para então me encontrar
Nesse milésimo de segundo.

6 comentários:

  1. Anónimo22.7.11

    Que inveja tenho dos teus devaneios, já tive alguns, paixões que vivi na distancia, só com o olhar. Fizeste-me lembrar esses tempos e até soltar um suspiro. Beijocas C

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  2. Anónimo22.7.11

    Terminar a semana com um poema é sempre inspirador. Quem sabe se no fim-de-semana me dão assim uns devaneios? José

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  3. Anónimo22.7.11

    Gosto das tuas viagens pelos meandros do sentir. Sonhos que sonhamos de olhos abertos. Conscientes de que a realidade é diferente. Mas basta esse milésimo de segundo para vislumbrarmos a nossa pequena felicidade. Bjs. Amália

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  4. Anónimo22.7.11

    “Dá-me um último beijo” aquele que é afinal o primeiro. Todos os outros foram de fantasia ilustrados. Será que sabem ao mesmo que sabiam na imaginação? Como diz o Rui Veloso, “sabe a chiclete de mentol, e eu gosto dele assim”. Bjs A.

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  5. Anónimo22.7.11

    Não sei que te diga, quando as minhas palavras são tão banais perto da elegância das tuas. Digo-te apenas que gosto muito do que escreves. Luís

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  6. Anónimo22.7.11

    Acreditas que tb já te dei muitos (em devaneio)? Quem sabe um dia acontece o primeiro???? Desde que não seja o último....

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