quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vazio

Partida, a alma
Em mil bocadinhos
A tilintar pelo silêncio
No chão do meu vazio.

Imagens soltas
Da tua alegria
Do teu sorriso
Dos teus gestos.

Perduram
Na ausência de ti
No meu sentir intacto
Na minha esperança.

És tu ainda
No meu desejo
Na minha escuridão
No deserto de mim

Não respondes
Não chamas
Não queres
Ou não ousas.

Será medo?
Receio do risco?
Do sentimento?
Da dor?

Ou é indiferença?
Não sentir?
Não desejar?
Não querer?

E perdem-se
Os mil bocadinhos
Na minha tristeza
Desfeitos em lágrimas
Feitos solidão
E pó e saudade e dor.

(24 e Agosto/2010)

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