domingo, 19 de setembro de 2010

Post.it: Esse toque de asa

Voámos, voámos tão alto quanto as nossas asas o permitiram. Rasgámos horizontes, tocámos o infinito. Desenhámos corações no vento, escrevemos os nossos nomes nas nuvens. Mergulhámos no mesmo mar, pescámos juntos o mesmo peixe.     

Hoje, olho para ti, mas não encontro o teu olhar! Partes, despedaçando o meu sentir.

Lágrimas? Também as choro, quando me escondo por entre as asas.

Voltarei a voar? Talvez, mas cada pedaço de infinito traz-me lembranças de outros voos partilhados.

Sem a alma que me anima e que parte sem despedida, sou apenas uma ave com a asa ferida...

3 comentários:

  1. Texto muito bonito. Porém, triste.
    As asas feridas também se curam, assim como os corações. Só é preciso paciência, vontade e um bom médico, daqueles que chegam com um sorriso e inspiram confiança e nunca desiludem, porque sabem cuidar com carinho, com perseverança e presença contínua e amiga.
    Depois de algum tempo, as asas podem voltar a voar e o coração voltará a confiar nos grandes voos sem medo das alturas.

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  2. Anónimo19.9.10

    As gaivotas tb amam, sofrem, choram, lindo... Por uns instantes lembrei-me de Fernão Capelo Gaivota e voei mesmpo de asa ferida.

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  3. ~Fernão Capelo Gaivota...era aquela gaivota que se recusava a ser igual à outras, queria voar mais alto pq acreditava que via mais se voasse mais alto, não era?
    Lutava por aquilo que acreditava. É tudo uma questão de acreditar
    Bjs, gaivota de asa partida

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