quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Post.it: Aceitar a luta

Todos os dias, mal despertamos, somos invadidos por notícias sobre as medidas de austeridade que visam suplantar a crise económica em que nos encontramos.
Dizem-nos que temos que pagar uma dívida que parece aumentar a cada hora que passa. Uma dívida que sentimos injusta, porque não foi criada por nós, que nos obrigam a aceitar e a pagar com os nossos parcos meios financeiros, que sentimos escoar sem que nada possamos fazer para o impedir.
Retiram-nos privilégios, roubam-nos direitos que as gerações anteriores conquistaram com tanto esforço.
Prometem-nos que é uma situação provisória, mas sabemos por experiência vivida, que na maior parte dos casos o provisório, torna-se definitivo. A crise que previam atenuar-se em 2013, já se estendeu na sua previsão até 2015 e sabe-se lá até mais quando. Talvez seja ainda herdada pelos nossos filhos, quiçá pelos nossos netos.
A angústia torna-se uma corda que nos sufoca cada vez mais a garganta.
Sentimo-nos impotentes de soluções, enquanto aqui e ali surgem novas medidas como se fossem cogumelos venenosos onde outrora existiam horizontes de flores sem espinhos.
Que fazer? É a pergunta que nos assoma constante.
Aceitar a luta e não a derrota! Para que os nossos filhos e netos herdem um futuro melhor.

9 comentários:

  1. Anónimo19.10.11

    Amiga espero que a tua inspiração não esteja a ser afectada pela crise, depois da missiva de um derrotado, a exigência de lutar por um objectivo. Bjs A.

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  2. Anónimo19.10.11

    Gostei, não do assunto mas sobretudo do final, encontrar no meio de tanta confusão, tanto sufoco, um incentivo, lutar para que as novas gerações tenham a herança de um país próspero.

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  3. Anónimo19.10.11

    Lutarei amiga, lutarei, depois de ter encontrado uma razão para tal.

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  4. Anónimo19.10.11

    Numa mensagem tão curta reuniu todos o elementos essenciais da situação que vivemos presentemente. Também me sinto desfraldado com as medidas drásticas e sobretudo com as injustiças. Mas sinto-me sobretudo magoado por perder direitos conquistados, tal como refere pelos nossos antepassados, em lutas de sangue, suor e lágrimas. Será que os iremos recuperar? Será que o provisório será definitivo? Esperemos que não. Que exista honestidade e bom senso nestas questões. Um abraço, Antero

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  5. Anónimo19.10.11

    Gostei da forma, clara e real como apresentaste a situação, sem lamechices, com a força que te reconheço em cada texto que nos ofereces. Mas o final deixou-me sem palavras, como se de repente, surgisse uma luz no fundo do túnel. Não é uma solução mas um caminho. Bjs, Amália

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  6. Anónimo19.10.11

    Minha querida, gostei da forma como expuseste a situação sobejamente conhecida, sobejamente vivida. Então o final, adorei. Talvez venha responder ao porquê de lutar nesta batalha perdida? Beijocas C.

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  7. Anónimo19.10.11

    Bem sei que temos que enfrentar a crise, mas ainda vivo na esperança de que tudo isto seja um pesadelo, que a qualquer momento vou acordar e continuar naqueles “horizontes de flores sem espinhos”

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  8. Anónimo19.10.11

    A crise, também chegou a este blog, felizmente não é uma crise de inspiração, apenas de assunto. Com todos os ingredientes que povoam os nossos dias, do despertar ao adormecer, quando o sono não entra também ele em crise. Gostei particularmente do final. Obrigada, pelo estímulo.

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  9. Anónimo19.10.11

    Contrariando tudo o que tenho dito, não gostei deste post.it, não pela forma de apresentação, porque reconheço que está bem escrito, mas pelo assunto. Já não posso ouvir falar de crise! Mas perdoo-te porque te redimiste no final, lindo. Bjs Leonor

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