segunda-feira, 9 de abril de 2012

Post.it: FIB - Felicidade Interna Bruta

Desculpem-me este despretensioso divagar sobre um tema tão importante como a Felicidade. Não o quero relativizar, nem retirar-lhe a sua premência.
Mas sem me introduzir por caminhos políticos, económicos e sociais que não domino, prefiro deitar um simples olhar sobre cada ser que tem a seu cargo a grande responsabilidade de ser feliz e, em alguns casos, por inerência a felicidade dos que o rodeiam.
Desenvolveu-se um conceito que se denominou de FIB para estabelecer o grau de satisfação das populações de um determinado país. Concluindo-se que o grau mais elevado foi atingido no Reino do Butão. É então este o país onde há maior número de pessoas felizes. Porquê? São ricas? Não exatamente. Têm excelentes condições sociais? Também não se pode fazer tal afirmação. Embora não seja completamente alheio a este grau de satisfação, o desenvolvimento do progresso, onde se inclui a dimensão económica, ecológica, cultural e psicossocial, agregadas a iniciativas já tomadas para desenvolver o seu bem-estar.
Mas a que se deve primordialmente este alto nível de felicidade? O estudo da FIB refere que a  felicidade é mensurável. Mas em que unidade de medida?  Na contabilização de rostos sorridentes? Lágrimas derramadas? No encontro de amores perfeitos? Na realização de sonhos, no sucesso profissional? Ou no total de histórias com um  final feliz? Talvez seja tudo isto em conjunto e, mais uma série de teorias filosóficas, psicológicas, científicas ou até mesmo empíricas.
Li algures uma explicação também ela válida, justificando que este elevado nível de satisfação se ficava a dever ao baixo índice de expectativas que esta população manifesta. Talvez por viverem o dia a dia, sem objectivarem o futuro. Por acreditarem que cada início pode levar a um melhor final se construírem essa possibilidade. Porque cada causa tem sempre o seu efeito. E que é função de cada um alcançar a felicidade sem a colocar na total dependência de outrem.
O FIB mostra-nos que a vida é composta de muitos elementos, e que o grau de satisfação, oscila periclitante no difícil equilíbrio dos pratos da balança, no entanto, parece-me sempre uma boa estratégia, fazer da felicidade um caminho a percorrer e não apenas um cais de espera. 

7 comentários:

  1. Anónimo9.4.12

    Bom dia amiga, boa segunda, já vês, estou a tentar começar o dia e sou “invadida” nos meus neurónios dormentes por um post.it, muito bem escrito, não nego mas, demasiado denso para a minha capacidade de arranque. Quando despertar, lá par ao meio-dia já talvez possa ler melhor, agora digo-te que gostei, mas ainda estou a digerir conjuntamente com toda a doçaria pascal. Beijocas, C.

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  2. Anónimo9.4.12

    Pertinente, actual e como sempre bem escrito e directo. Será possível medir a felicidade? Com certeza que podemos obter uma aproximação, mas sempre de uma forma abstracta e lógica. Porque se vão esquecer de colocar na estatística: os rostos sorridentes, as lágrimas derramadas, o encontro de amores-perfeitos, a realização de sonhos, o sucesso profissional ou no total de histórias com um final feliz. Um grande abraço, Antero

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  3. Anónimo9.4.12

    Tenho acompanhado este estudo da FIB, digo-te que me arrepia um pouco o conceito. A felicidade bruta? Claro que entendo a definição mas não havia uma palavra mais “meiga” Seja como for é um assunto complexo e muito denso devido aos elementos que o compõem. Pela simplificação que não faz perder o sentido do tema, aprecei a tua análise. Mas claro que a tua apreciação teria de ser como tu, delicada. Amália

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  4. Anónimo9.4.12

    Gostei de ler esta análise, despretensiosa mas bastante coerente e lógica. Embora quando se fale de medidas a lógica seja na maior dispensada. Alberto F.

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  5. Anónimo9.4.12

    Grandes verdades, amiga. Verdades que por vezes não queremos reconhecer. Porque a felicidade nos parece sempre pouca quando a desejamos total. Por reconhecerem que a felicidade se faz de pequenas felicidades, a população do Butão talvez já a tenha encontrado. Bjs, A.

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  6. Anónimo9.4.12

    Gostei do texto e concordei plenamente com a conclusão. A felicidade é uma construção, um caminho a percorrer. Não cai do céu, não podemos ficar à espera dela.

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  7. Anónimo9.4.12

    Faço minhas as palavras da conclusão, concordando com todo o texto. Acho que é um bom conselho e sobretudo uma boa estratégia “fazer da felicidade um caminho a percorrer e não apenas um cais de espera.”

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