Sempre, Hoje, Eternamente (SHE). Poderia ser o teu login, tem um sentido de infinito, tem direcção de caminho imenso, interminável, mas agradável na antecipação da meta.
Tem o que procuramos sem encontrar, porque não se encontra, o que não se constrói, com traços de persistência. Com esboços desenhados na alma, moldados no coração. Mas é também Ela, aquela que dá sentido à nossa existência, que vivenciamos numa espécie de missão que vem do passado mais ou menos longínquo, que nos condiciona o presente e se prolonga em cada minuto do futuro. Que sentimos por vezes como um fracasso, quando a experimentamos tão longe, demasiado longe, quase impossível de alcançarmos. Encontramo-la, reflectida em outras vidas, em sorrisos luminosos que não nos são dirigidos, em abraços que já estão preenchidos por outros braços. Questionamos na nossa existência, porque é que ela existe para uns e não para outros? Como escolhe ela os que a vão receber no âmago do seu ser e outros permanecem indefinidamente à espera que chegue a sua vez. O que fazer? Com que armas lutar? Que destino seguir para ir ao seu encontro? Onde está ela? Porque se esconde, dos que mais a procuram? Daqueles que vivem no deserto da sua ausência, sem um oásis que de quando em vez, os faça vislumbrar um pouco da sua presença, num rasto de infinitude, de passos sobre a areia que o mar teima em apagar. Mas encontrá-la é, repetir constantemente SHE num grito humanamente imperceptível que só o coração pode escutar quando chama por ti, Felicidade.
A felicidade, é em nós uma emoção, um sentir que nos causam, ou causamos nos outros. mas volto a insistir neste ponto, só o sente quem está preparado para isso. Quem está em paz consigo, quem encontrou o equilíbrio das suas emoções. Quem vê o universo existencial, numa visão mais ampla e não mergulha nos acontecimentos do seu dia-a-dia. Lamentando em vez de buscar soluções. A felicidade pode ser SHE, se tal como dizes a construirmos. A outra, a efémera que dura o tempo de uma gargalhada, parece-se com ela. A verdadeira, a eterna, é a que oferecemos a nós e aos outros como o culminar de uma viagem que nos dá prazer chegar ao destino. Sandra B.
ResponderEliminarA felicidade, a eterna quimera da humanidade. A busca de algo que não sabemos exactamente como é, porque a desenhamos perfeita, eterna. Quando a vemos em outras vidas. mas não sabemos que mesmo nessas vidas ele não é permanente, é idêntica à nossa, momentos, instantes, que ficam na memória como retalhos da nossa história. Bem escrito como sempre, acutilante porque entende o ideal mas não se prende a ele. Um grande abraço, Antero
ResponderEliminarSimples, directa, com ou sem login. A sua escrita tal como a felicidade, são grandes momentos de prazer. Alberto F.
ResponderEliminarSHE? Adorei a sigla. Parece nome de canção. Por acaso bem bonita. Mas esmiuçando-a reconheço-a significativa. Para todos, desejo que ela seja a forma do seu viver.
ResponderEliminarQue aconteça sempre. Que venha hoje. Que seja eterna. É o nosso mais profundo desejo. É o caminho que fazemos pela vida fora em busca dela. Mais tarde, muito mais tarde descobrimos que a tivemos em muitos momentos. Que não durou eternamente, mas que existiu sempre que nos fez palpitar o coração. Que não acontece quando queremos, mas podemos fazer com que aconteça num qualquer momento, quando o sol brilha em nós. Que não se concretizou sempre mas as vezes suficientes para a lembrar, para a guardar em nós. Aproveitem sobretudo esses momentos por efémeros que sejam. Um grande beijo, Adelaide.
ResponderEliminarTantos ideais, tantos desejos, lutas incessantes por algo que supomos ser a suprema forma de existir. A felicidade. Para sempre, hoje, neste momento e para sempre. Adorei. Bjs Amália
ResponderEliminarMinha querida, não é mais um texto, mais uma mensagem. É a oferta contínua e renovada. è a inspiração que cresce em ti e nos chega todos os dia. Amei o login desta felicidade que desejamos seja precisamente assim. Sempre-Hoje-Eterna. Beijocas C.
Felicidade foi ter encontrado este blog e os seus olhares, cheios de emoções e visões novas de velhas coisas. Poeta, pensador e quem sabe o que mais? Tem o dom de prender da primeira letra à última, com uma escrita fluída e correta, rica de cenas da vida que todos experimentamos e desejamos.
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