Há momentos em que todos nós fazemos o balanço dos dias, dos meses, dos anos, de isto ou daquilo. Momentos em que decidimos arrumar as gavetas do pensamento, as prateleiras do sentir. Momentos em que questionamos cada passo dado e todos os outros que ficaram por dar. Em que duvidamos do rumo que o futuro nos indicia. Cada um fará a sua análise mais ou menos profunda. Cada um valorizará de diferente forma os acontecimentos com que se deparou. Nessa fronteira entre o que fomos e o que pretendíamos ser. Teremos alcançado os nossos objectivos? Teremos falhado nos nossos planos? Concluímos necessariamente que nem tudo foi sucesso. Nem poderia ser, porque colocámos a fasquia das nossas ambições demasiado alta. Mas houve pequenas vitórias. É para elas que devemos dirigir a nossa atenção. É com elas que devemos aprender a conhecer os limites da nossa dimensão humana. E na próxima vez que delinearmos uma lista de desejos, vamos ser mais humildes nos desejos para que no final os alcancemos todos.
“Se no final do ano as recordações não te trouxerem uma lágrima de tristeza ou de alegria, então, foi um ano vivido em vão. Porque a alegria faz-te compreender a tristeza. E a tristeza faz-te lutar chegar à alegria”.
Ora bem estava mesmo a faltar a despedida a este ano. Um ano que não deixa saudade. E esperemos que o próximo confirme esse sentimento. Gostei deste post-it. Muitas vezes me pergunto como consegues tão importantes ideias num texto tão pequeno.
ResponderEliminarMaravilhoso este aviso. Vou tê-lo em conta na lista de propósitos que vou fazer para o próximo ano. Alberto F.
ResponderEliminarVem mesmo a calhar este balanço. Tempo de reflexão, sobre o caminho que percorremos e sobre a forma como queremos percorrer o resto. De uma forma sempre clara e simultaneamente literária não deixas de transmitir a forte mensagem de que é preciso encontrar em algum lugar de nós a força necessária para vencer na vida. Sandra B.
ResponderEliminarEste é mais um daqueles textos que vou fazer questão de enviar para os meus amigos. Porque tem a essência de cada final de ano já vislumbrando o seguinte. Escreve textos maravilhosos, gosto de todos, mas alguns deixam-me sem palavras, pelo conteúdo, pela forma de expor, pela conjugação de expressões que nunca me passaria pela cabeça escrever e que resultam numa paisagem de encantos novos à visão e ao coração. Um grande beijo, Adelaide
ResponderEliminarAdorei este balanço, comparado com o meu simplório balanço, troco bem os sentimentos, as palavras e vou relê-lo varias vezes até o consolidar em mim. Porque não posso viver mais um ano em vão, apesar de terem existido lágrimas e sorrisos. Bjs A.
ResponderEliminarGosto de fazer balanços mas evito cada vez mais porque fico deprê. É como tu dizes coloco demasiado alta a fasquia da ambição. Mas gostei desta análise, dá-me vontade de recomeçar a pensar não no que passou mas nos planos de futuro. Claro que mais humildade! Beijocas C.
ResponderEliminarUm texto bem escrito e bem objectivado. Uma síntese perfeitamente enquadrada. Literária mas igualmente transportadora de uma mensagem. A sua, sempre com o desejo de chegar mais longe, neste “rede” de divulgação onde o infinito está no horizonte. Espero que um dia alguma editora a descubra e revele ao mundo das letras que ainda têm conteúdo. Um abraço, Antero
ResponderEliminarGostei deste balanço, não vou aprofundar muito o meu balanço, prefiro o teu. Sempre com um olhar que vislumbra o final do túnel e que nos diz que há esperança depois dele. Obrigado, José
ResponderEliminar