sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Renascer

Hoje desfiz-me,
Desmanchei-me por inteiro.
Depois refiz-me,
Sem norte ou paradeiro.
Livrei-me de todas as marcas,
De todas as lembranças.
Das mais pesadas arcas,
De tão ingénuas esperanças.
Nada quero do passado,
Do que fui, do que sou.
Que mantêm o destino parado,
Num porto onde me ancorou.
Preciso dum barco para partir,
Preciso de navegar.
Não tenho para onde ir,
Nem tenho onde ficar.
Vou por esse mar,
Quando a onda me estender,
Um embalo para abraçar,
A coragem de renascer.

5 comentários:

  1. Anónimo19.8.11

    Tenho gostado dos teus poemas, mas espero que não tenhas dado férias aos post.it(s) eram tão giros, filosóficos, poéticos, mas mesmo assim muito interessantes. BJ

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  2. Anónimo19.8.11

    Gosto da tua poesia, tem uma doçura muito própria, que emana da sua autora. Parabéns, precisamos destes momentos. Sem contestações, sem crises. Apenas de deixar o espírito vaguear.

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  3. Anónimo19.8.11

    Que bonito renascer, na onda que parece afogar-nos, mas apenas quer abraçar-nos. Bjs A.

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  4. Anónimo19.8.11

    Por vezes é preciso desfazer-nos de tudo para começar de novo. É uma coragem que precisa de nascer de dentro, como uma onda que se vai formando em nós.

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  5. Anónimo19.8.11

    Tem sido uma semana diferente, cheia de poesia, de inspiração singular. Gostei. Palavra que gostei, mas já tenho saudades dos teus surpreendentes post.it. Beijocas C.

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