sexta-feira, 18 de maio de 2012

Chovia no mar...


Chovia no mar, chovia…
Quando a tarde anoitecia.
Quando o céu te procurava.
E o vento há muito te chamava.

Chovia no mar, chovia…
Todos olhavam, ninguém via.
De onde as lágrimas caiam,
Onde essas gotas se escondiam.

Chovia no mar, chovia…
Quando já a dor adormecia,
E a nuvem carregada de água,
Inundava o mar com a sua mágoa.

Chovia no mar, chovia…
Enquanto a saudade partia.
No barco outrora Esperança,
Chamava-se agora Lembrança.

Chovia no mar, chovia…
Nessa noite que já foi dia.
Quando o sol foi repousar,
Sem o abraço terno do luar.


6 comentários:

  1. Anónimo18.5.12

    Mais um poema elucidativo do que o amor não concretizado nos pode fazer. Dessas gotas de água que estão escondidas sabe-se lá onde para saírem pelos olhos tristes do coração. E mesmo que o luar não abrace o sol ele retorna todos os dias servindo-nos de exemplo, de que é preciso recomeçar todos os dias. Sandra B.

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  2. Anónimo18.5.12

    Quando leio o que escreves, consigo sentir-te, na serenidade, no sorriso permanente, no olhar atento, na simpatia constante. E mesmo quando nos dás um poema magoado, deixas através dele um rasto de esperança. Beijocas, C.

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  3. Anónimo18.5.12

    Já sentia falta da tua poesia. Por mais que sejam lindos os post.its, fico sempre encantada com a poesia. Sou uma romântica incurável. Beijo, Leonor

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  4. Anónimo18.5.12

    Depois desta semana tão quente e apesar das ameaças de radicais alterações, este poema veio na hora certa em que já me começava a derreter de calor.

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  5. Anónimo18.5.12

    Obrigado. Pelo poema, se fosse inverno, saberia a nostalgia, assim, sabre a agradável frescura, que quase faz esquecer a dor do assunto. Alberto F.

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  6. Anónimo18.5.12

    Que poema tão refrescante. Soube-me bem ler-te logo pela manhã.

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