Para quê celebrar apenas um dia, esquecendo todos os outros ao longo do ano?Bem sei que esta data relembra e homenageia a coragem de grandes mulheres. Mulheres que saíram do silêncio, que adquiriram visibilidade e conquistaram direitos que quase não nos apercebemos de usufruir porque os sentimos como nossos desde sempre.
Mulheres que escreveram novos capítulos na história da humanidade, alterando-lhe o percurso relativamente às décadas anteriores.
Mas sempre fui anti-rótulos, anti-clubes. Celebrar o Dia da Mulher, soa-me um pouco a exclusivo, a uma barreira, a uma quase fronteira, como se todos os outros dias não nos pertencessem e nós, queremos todos, todos os dias que temos para viver num período de tempo que nos pertence.
Estamos aqui e pretendemos conquistar o nosso lugar ao sol. Claro que reconheço o mérito dessas mulheres que não se acomodaram, que quiseram ir muito além das regras estabelecidas, mas a verdade é que a civilização se faz essencialmente de pessoas anónimas. De mulheres que todos os dias constroem um pouco de futuro para si e para os filhos que colocam no mundo.
O que nos deixa tristes em muitas situações é esse mundo. Um mundo que não nos apoia, que não nos reconhece a luta. Que não cria estruturas para suavizar a dureza do caminho. Que nos arrasta pelas torrentes avassaladoras das crises económicas, sociais e politicas. Que nos marca culturalmente, que nos define como fracas anatómica e psicologicamente, quando somos nós que abraçamos esse mundo de desigualdades. Que esquece em suma que somos nós que geramos e criamos com dedicação e firme labor, os grandes líderes de cada nação, reis e príncipes, presidentes e ministros, génios das ciências e das artes, grandes figuras públicas e tantas outras anónimas, sem olhar a distinções, sem criar excepções, porque o coração que nos bate no peito, não conhece género, apenas amor.
Li cada palavra ávido de uma conclusão sem queixumes, encontrei-a e fiquei até emocionado. Obrigado às mulheres que conseguem ser mães, esposas, e essencialmente mulheres. Não acredito nessa ideia do sexo fraco, porque elas têm provado que a sua força é muito superior à nossa. Nós chegamos mais longe porque elas nos ajudam, caminhando ao nosso lado. Muitos beijos, José
ResponderEliminarComo não podia deixar de ser, mesmo (reclamando) aqui está a homenagem que merecemos, todos os dias. Bj, Amália
ResponderEliminarA todas as mulheres e a ti em especial, o meu agradecimento por serem a força que torna o mundo melhor, contra os limites sociais, culturais e religiosos. Bj. Luís
ResponderEliminarNuma data que não podias ficar esquecida. Tal como tu lamento que só se lembrem de nos homenagear num dia. Mas depois penso que, cabe a nós mulheres saber celebrar todos os outros, pelo mérito que conquistamos todos os dias. Beijos, Leonor
ResponderEliminarUma bonita homenagem, sentida, vivida. Duvido que seja uma mulher anónima, porque deixa aqui e certamente de outras formas, a marca da sua batalha por um lugar ao sol.
ResponderEliminarGostei muito deste texto, num discurso directo, cheio de força, uma força que emana da tua maneira de ser, nada acomodada. A conclusão é uma chave de ouro, que pertence ao mais doce coração, o de uma mulher. Alberto F.
ResponderEliminarMuito bonito, diferente, mas mesmo assim a assinalar uma data que não quer deixar esquecida a luta de mulheres que não se resignaram aos desígnios do seu destino. Mas tal como dizes, devemos igualmente homenagear as mulheres anónimas, essas que ficando na sombra são as mães daqueles que gerem as nossas vidas.
ResponderEliminarAgradeço as tuas palavras, o teu carinho. Tens razão em todas as linhas e até nas entrelinhas que nos fazem adivinhar um grande coração de mulher que não se acomoda e que faz de cada dia um dia para celebrar. Sandra B.
ResponderEliminarUma bonita e agradável homenagem. Mesmo não gostando de rótulos, mesmo contestando a limitação de um dia, quando a nossa luta continua a acontecer todos os dias. Contra as barreiras culturais, económicas e políticas. Li num fôlego, e senti-me reconfortada, no final, numa sensação de quem chega a bom porto. Com um coração que vive de amor, sem excepções de género, sem fronteiras. Um grande beijo, Adelaide
ResponderEliminarUma homenagem merecida. Numa escrita sempre correcta e com a intensidade adequada. A lembrança de que todas as grandes figuras têm a mesma origem, um núcleo de vida, que não escolhe género, que ama sem excepções. Um grande obrigado a todas as mulheres. Um grande e especial abraço, Antero
ResponderEliminarRepito cada uma das tuas palavras. E como quero que elas cheguem mais longe, levo a tua homenagem para todas as redes sociais, porque se podem ter muitos pontos negativos, têm também coisas positivas como a de entrar num espaço ilimitado, onde não há fronteiras. Bjs A.
ResponderEliminarLindo, lindo, que mais dizer? Que estás no meu coração, não só pelo que escreves mas pela pessoa que és. Por esse “olhar” que nos faz ver e sentir, para além de nós.
ResponderEliminarObrigada. Beijocas C.
Sou uma revolucionária, já sabes. Por isso digo-te, gostei do teu texto, mas rebelo-me contra o motivo. Contra a ideia de haver um dia para celebrar a existência da Mulher. Como dizes e muito bem, quero todos os dias. Porque em todos eles acordo e adormeço a lutar juntamente com os homens por este mundo que é nosso. Beijos. L.
ResponderEliminarConcordando e discordando, escolho a intenção. A de reconhecer o mérito e a capacidade das mulheres na sociedade e acredito que virá o dia que teremos que criar um dia para celebrar o homem, porque em todas as posições sociais e profissionais as mulheres vão conquistando terreno. Beijinhos D.
ResponderEliminarEste dia é muito vivido aqui no Brasil, com manifestações e reuniões. E cada 8 de Março tem mais força na unidade e reafirmação da mulher, na luta pela igualdade de condições e em todas a esferas da actividade humana. A sua geração talvez não sinta hoje a mesma necessidade de batalhar pelos seus direitos porque antes outras grandes mulheres o fizeram. Nunca as vamos esquecer e este dia serve para as homenagear. Gostei muito do final da sua mensagem, do coração que não conhece género nem fronteiras, ele é só Amor. Beijão Marina
ResponderEliminar“Ser mulher é uma tarefa terrivelmente difícil porque consiste essencialmente em lidar com os homens” (Joseph Conrad) e é um homem que o diz!
ResponderEliminarObrigada, por cada palavra, que recebi no coração. Este coração que como dizes não conhece género, apenas amor. Beijos, Filomena
ResponderEliminarDesde que uma mulher tenha brilho nos olhos, nenhum homem irá reparar se ela tem rugas em volta deles.
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