terça-feira, 11 de junho de 2013

Post.it: Amores impossíveis

Ainda há quem fale em amores impossíveis, entre Romeus e Julietas, entre ricos e pobres, brancos e pretos, homens e homens, mulheres e mulheres.
Ainda há quem desenvolva ódios clubísticos, erga muros sociais, crie fronteiras culturais, alimente fobias raciais, gere separações religiosas.
Ainda há quem viva e sustente preconceitos, quem veja nos outros apenas defeitos.
Por ser  gordo, magro, feio, bonito, alto, baixo, inteligente, ignorante, varredor de rua, administrador de empresa, por ganhar tostões ou ganhar milhões.
Ainda há quem critique, quem satirize, quem reprove, quem veja no outro não o que é mas o que tem, “quando a sua essência não se define pelos seus bens”.
Ainda há quem apenas identifique o mal e não conceba o bem nas relações humanas. Porque ainda há quem não tenha cruzado o olhar com outro olhar, o sorriso com outro sorriso, quem não tenha sentido o coração  bater mais forte e todos os sentidos  ficarem sem norte. 
Nesse instante nada sabemos: quem é, o que faz, o que tem, os seus ideais, a sua opção religiosa, a sua carga genética, sentimos apenas a felicidade de reconhecer que “o coração tem razões que a razão desconhece”.