segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Post.it: O rumo das palavras


Às vezes começo a escrever e sem saber que rumo tomar, deixo-me ir por um mar que me vai levar para portos desconhecidos. Porque na escrita, sou apenas uma navegante que se deixa guiar pelo leme da inspiração. Bendizem os meus caminhos e eu que sei que eles não me pertencem, sorriu, não por vaidade ou por orgulho mas por esperança, expectativa, desejo, alento e confiança que esse caminho permaneça o meu destino. Enganam-se se pensam que busco a glória, sobretudo, porque já a alcancei, num só olhar, numa só palavra, num só gesto de carinho, esse cais que recebeu a minha incoerência e a tornou no seu peito coerente. Afinal, não somos somente o que escrevemos mas o que alguém lê do que escrevemos. E se há um encontro de palavras, de silêncios, de pausas, de saltos e sobressaltos, de emoções e comoções, então dá-se a magia da descoberta, uma consonância entre quem escreve e quem lê. Entre quem oferece e quem recebe a mensagem. Talvez não quando a escrevo, não quando a lêem  talvez um dia quando relerem com uma sensibilidade diferente, de quem já passou por muitas estradas e soube delas reter o essencial que guarda no peito.
São os olhos que abrem as janelas para que as palavras entrem, é o cérebro que as lê, mas no final, é o coração que as sente.

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