quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Post.it: Cacofonias


A língua portuguesa apesar de atraiçoada, mal tratada, abrasileirada, continua a ser um excelente meio de comunicação. Confesso que nem sempre lhe dou o devido valor, que cometo erros, de “simpatia”, de distracção e de, reconheço, ignorância. Porque não basta colocar as letras bem alinhadas e com elas criar uma mancha bonita, não basta ter alma e coração para lhes dar sentido, por vezes para as compreender é preciso conhecer a sua raiz, a sua origem, grega ou latina. Mas quem se dá a esse trabalho? Quem tem hoje tão profundo conhecimento? Aliás tanta erudição era capaz de sonegar a graça e o espírito da escrita que ainda assim mantém, talvez e apesar dos erros.
Mas a língua portuguesa não tem que ser sempre sóbria e distinta, também tem os seus momentos engraçados, exemplo disso são as cacofonias, ora vejamos alguns mimos:
 “Fé de um povo na rua (fede)
“Eu vi ela no supermercado” (viela)
“O nosso hino é muito belo” (sohino=suíno)
“Ouvi dito pela  boca dela” (cadela)
 “Ela tinha” (latinha)
“Como as concebo” (com sebo (fonética)
“Essa fada” (Safada)
“Amar ela é meu destino (Amarela)
“Não case com ela sem amá-la” (a mala)
“Foi algo mal dito” (maldito)
“O Sr. António marca gado” (mar cagado)
“Esse jogador tentou marcar” (Joga dor)
“Na vez passada” (Vespa assada)
Nem Camões escapou  a cacofonia com o seu soneto, "Alma minha gentil" (maminha).
E porque rir ainda não paga imposto... acrescento mais esta,
"O ministro diz que vai fazer por cada um de nós" (porcada). Será que não vai mesmo?

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