quarta-feira, 27 de março de 2013

Post.it: Aquela eterna flor


“Não sei se foi aquela rosa, se foi aquele jardim que me fez despertar no coração ensejos de Primavera. Não sei se foi a maciez das pétalas, se foi o seu perfume que me fez despertar nos sentidos sonhos de felicidade. Não sei se foi a sua cor, se foi a sua forma que me fez despertar nas noites a luminosidade alegre dos dias. Não sei se foi a estação do ano, se foi o dia do mês que me fez despertar no peito o ideal de um horizonte perfeito. Não sei se foi a palavra dita, se foi a palavra adivinhada que fez despertar no solo do meu viver, a semente da mais terna esperança”.
 Num suspiro de tristeza a borboleta abre as asas e parte numa brisa de saudades. Porque só ela sabe que nenhuma outra flor, voltou a colorir da mesma forma aquele jardim. Nenhuma outra Primavera conheceu tanta beleza depois daquela flor que um dia por lá passou.
A borboleta fecha as asas já não quer voar, porque nenhuma outra flor lhe fez o coração pousar tão serenamente na sua existência como ela.
A natureza renasce em cada estação, mas para a borboleta, aquela flor ficará eterna na sua lembrança.