sexta-feira, 29 de junho de 2012

Post.it: A hora que é tua


Esta hora, a tua hora, aquela onde tudo te pode acontecer. A ti que esperas por ela há tanto tempo. Como se nessa hora depositasses toda a tua esperança. Como se ela fosse a derradeira, porque finita no tempo pode ser infinita o momento em que a vives, em que a sentes, tua…
Esta hora que desenhaste no peito com cores dum arco-íris de tons vibrantes, quase que me atrevia a dizer, de paixão, mas o teu olhar maduro de encantos, já não se deixa aprisionar por adolescentes enredos que desmoronam demasiadas vezes em rios de pranto.
Basta-te a hora, a dulcíssima hora em que a tarde cai e que de mansinho bate à tua porta no convite para um passeio, talvez nostálgico, talvez saudoso, de uma outra hora que não bateu no relógio da vida. Mas se permitires que mais alguém partilhe esta tua hora, quem sabe, talvez, um pequeno e atrevido raio de sol ainda faça despontar um suspiro que aparentemente não diz nada mas significa tanto, tanto, como esta hora.


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