quinta-feira, 26 de julho de 2012

Post.it: Can I hold you?


Até parece o título de uma melodia marcadamente romântica, marcadamente triste. Não porque o romantismo tenha de ser triste, mas porque nem sempre a vida é feita de encontros. Nem sempre um sentir contagia o outro de maneira a perfazer a feliz equação de que um mais um dá dois. Já nem a matemática nos fornece a solução mais simples, apenas dígitos, com resultados que, exatos, rumam irremediavelmente para o infinito. O que é bom, dirão uns cheios de esperança na concretização das suas inúmeras expectativas, algures numa galáxia de hipóteses. Enquanto outros, cansados de tantas adições, subtrações e divisões, gritam num desespero silenciado, que vão definitivamente, desistir de tentar!
Mas não desistem, continuam a remar contra a maré, submergem o remo nas profundezas marítimas e rumam para outro cais.
Um que seja de chegada e não de partida, para mudar o título da sua história e em vez de sentirem que não conseguem abraçar a felicidade, ela lhes diga num largo sorriso, “Posso abraçar-te?”. Nesse momento oferecem o corpo ao abraço, e o coração a um compasso uníssono. No entretanto, esperam pela pergunta, sem que a espera signifique estagnação, quietude, mas depois de tantas tentativas de direcionar o leme do barco da vida, necessitamos, quem sabe, do terno empurrão das ondas para sentir que estamos finalmente no caminho certo…


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