quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Post.it: Sorrisos grátis


Hoje há Abraços grátis em Lisboa, bem, não será hoje, porque na ressaca do Natal ando a ler as notícias atrasadas. “Todos queremos ser amados” (Sean Penn), até aquela minha amiga que depois de 25 anos de casamento sente que ainda não foi “recebida” pela família do marido, que as cunhadas fazem um grupinho de cumplicidades e a deixam sempre de fora. Ou aquela outra que depois de ter chegado cheia de expectativas, vai descendo a fasquia quase até ao chão e já se contenta com um simples Bom dia,  que a afaste da exclusão e da invisibilidade. Seremos assim tão carentes? Sean Penn, diz que sim, “Nunca fui amado”. Mas precisamos tanto assim dos outros para nos sentirmos inteiros? A resposta continua a ser psicologicamente a mesma, sim!
Um sim feito de encontros e desencontros, nas curvas e esquinas da vida. Para afastar a solidão, para enriquecer os nossos dias, para fazer a vida valer a pena, apesar da crise económica, do desemprego, ou dos problemas no emprego, dos maus colegas, dos maus transportes, das filas de trânsito, do stress, etc, etc., o chegar a casa, fechar a porta aos problemas:  abraçar, e ser abraçado pela felicidade que nos faz lembrar a razão de existirmos
A grande questão é que isso não acontece somente connosco: contigo, comigo. Acontece também com os outros, com quem nos cruzamos, mas  que nos escapam por entre os dedos, que nos fogem do coração, que andam distraídos, perdidos, no  seu desejo profundo de também eles serem encontrados, e abraçados.
Felizmente que há abraços grátis, quem sabe num deles encontrem/encontremos o amar e o ser amado, ou pelo menos um Bom dia com um sorriso do coração, também ele, grátis.

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