Esse mar, esse chamado, esse embalo, de onde vêm, para onde vão em ondas que continuamente adornam a costa? Dizem que são lágrimas continuamente derramadas. Tantas, silenciadas, nesse confessionário de mágoas, mas as lágrimas também podem ser de alegria e as confissões de felicidade. Só as conhece esse mar profundo, tão profundo, que nele já se afogaram todas as dores do mundo. Desse mundo tão igual nas suas diferenças. Rico, excêntrico. Paupérrimo, subnutrido. Onde chovem rios, onde crescem desertos. E nós, desigualmente humanos. Em busca de nós nos outros. Em busca dos outros em nós.
Conhece-nos esse mar que esconde os nossos medos, que guarda tão densos segredos.
Não é fácil, murmura cada onda derramada no areal. Mas venceremos, repete em uníssono a melodia que nos acalenta e atenua o sentir.
Quando as ouvimos julgamos que cantam, uma alegria que se estende sem limites de horizonte. E no entanto, choram. Choram a tua ausência, na espera do próximo Verão, para de novo te abraçar…
Fiquei com saudades do mar, de o abraçar. Na impossibilidade de o fazer, ofereço-te esse abraço. Mário
ResponderEliminarJuntando todos os post.its desta semana dá um texto singular na sua riqueza de conteúdo. Capítulos duma quase história, das suas férias que quis partilhar connosco. Obrigada pelo seu carinho. Um beijo, Adelaide
ResponderEliminarFinal de férias, final de semana. Finais que nos querem deixar a esperança de um até breve…
ResponderEliminarEste mar, tão cheio de mistérios, segredos que não nos revela. É um bom confessor, abrimos-lhe a alma e ele entra em nós como uma amigo que nos abraça e tranquiliza.
ResponderEliminarMuito bonito, esta quase conclusão, depois das férias. Um adeus, que é apenas um até já. Bjs, Amália
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