terça-feira, 9 de maio de 2017

Sem utopias


De repente um deserto,
Invade toda a cidade.
Sem nada de certo,
Nem a própria idade.

De repente a escuridão,
Cega de tanta luz.
Como se ao coração,
Nem o amor o seduz.

De repente noites sem dias,
Amanhãs cheios de ontens.
Aprende-se a viver sem utopias,
Sem sonhos, sem miragens.

De repente cresce em nós,
Um tempo de arvoredo.
Foram filhos, pais, agora avós, 
E a vida é-nos magistral segredo.

Sem comentários:

Enviar um comentário