Foi
um fim de semana de “milagres”, muitos assim lhe chamaram. E porque não? Tudo
correu bem (para alguns), para muitos inclusive, não para todos, porque para
haver uma vitória, quantas derrotas ficam por contar. Para haver um vencedor,
há sempre um outro que perde, com mais ou menos fair play. A cada riso de quem toca o topo, quantas lágrimas ficam
pisadas no chão.
Mas
também há os que são mais positivos, os que nunca desistem, os que não deixam
de regar a esperança impedindo que sucumba ao inverno da gélida negatividade,
um dia, quem sabe também a vitória lhes sorrirá. Seja em que atividade for, em
que língua aconteça, em que circunstancias ocorra, há-de suceder, porque não?
Afinal,
por vezes, os milagres acontecem. Aqui e ali, pequenos momentos
que se concretizam, que nos realizam, que nos fazem voar mesmo sem asas, que
nos fazem acreditar que conseguimos chegar mais além do limite delimitativo do nosso
horizonte existencial.
Chamamos-lhes
milagres, queremos que sejam milagres, porque acontecem inesperadamente, porque
nos parece impossível e torna-se possível,
porque são aquilo que nem sequer nos permitimos sonhar, desejar, acreditar,
lutar, já quase tínhamos aceite como
inexequível.
E
no entanto quando acontece, há um silêncio, uma ausência de palavras, nem
sequer chegámos a inventar um discurso de agradecimento. Mas até mesmo sem
palavras, agradecemos com a comoção em uníssono de todos os sentidos. Rimos,
choramos, pulamos, caímos de joelhos no chão, ou perante a surpresa, ficamos
apáticos e, nesse instante, por milagre, por magia, por qualquer coisa em nós,
escuta-se o coração não no seu batimento muscular, mas na sua explosão de emoções
em devota e grata voz.
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