segunda-feira, 7 de julho de 2014

Post.it: Novos lugares


  "Ao renunciarmos aos velhos padrões de comportamento, aquele espaço é preenchido naturalmente por algo novo, e a nossa vida torna-se especial"

Somos o que somos, o que vamos sendo. Somos o que nos fizeram e o que nós fizemos com o que nos fizeram. E cada lugar do que somos fica preenchido com estes pequenos  nadas. O lugar  das alegrias  que podiam ser mais, porque todas  elas, nunca  são  suficientes. O  lugar  das tristezas, mesmo  que  sejam  poucas,  são sempre  demais. O  lugar  dos  sonhos  que  está sempre em crescimento. O  lugar da  razão sempre  a  tentar  equilibrar-se  com  o  do  coração. O lugar  das   mágoas,   feridas,   dores, desgostos,  rancores, ressentimentos, ódios, animosidades, cresce, diminui, vai andando ao sabor dos dias, meses, anos. Vai-se acumulando desde o  passado, marcando o presente e norteando o futuro.
Lugares, uns mais preenchidos que outros, uns mais pesados que outros, uns mais luminosos que outros.
Somos o que somos, mas se quisermos, também podemos ser o que desejamos, podemos limpar certos lugares, aqueles que nos impedem de seguir em frente, que nos escurecem o olhar,  que nos roubam os sorrisos, que nos tornam ilhas.
Chega de culpar tudo e todos. Com culpas nada fazemos, precisamos de soluções, caminhos. Precisamos de deitar fora o supérfluo, o desnecessário, tudo o que nos pesa na alma, o que nos sufoca no peito, que nos impede de sonhar, de ganhar asas de esperança e de voar. O que nos impede de ser o que realmente somos. Pessoas livres e leves, com imenso espaço para nos reconstituirmos, para nos descobrirmos capazes de nos fazermos melhores seres.
Não nos devemos contentar com o que somos, não devemos acomodar-nos ao peso do nosso “fardo” quando há tantas coisas melhores para transportar: sorrisos do sol, abraços do luar, embalos do mar e amigos que nos fazem acreditar que a vida é realmente um lugar especial.



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