segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Post.it: Síndrome de Garfield

“Sê mais forte do que a tua maior desculpa”.
Li esta frase e ela fez-me sentido, ser mais forte para vencer as desculpas, os medos, o comodismo. Deixar de adiar, a decisão, o final, a chegada, a partida, a vitória como receio da derrota e depois, um dia, dizer simplesmente que não aconteceu porque não era para acontecer, frases feitas que nos tentam consolar. Há pessoa extraordinárias com uma força, com uma coragem que admiro, que tento, (juro) que tento mas acho que sofro do síndrome de Garfield, (sabem aquele gatinho fofo, cheio de uma preguiça colossal) mas que consegue atingir os seus objectivos e sem se cansar. Talvez seja melhor ser inteligente/esperto do que ter um corpo de Hércules abdicando das coisas “gulosas” da vida. Porque será que o que é bom, “é imoral ou engorda”, mas sabe bem dizem as “desculpas”. Esses “anjinhos diabólicos” que nos enchem os sentidos com com argumentos “impossíveis” de rebater. Mas somos fortes, dia sim, dia não, resistimos à preguiça e damos tudo por tudo no ginásio, ficamos de rastos e temos que repor as energias com algo substancial, merecemos, vencemos a indolência, espantámos o nosso “Garfield” do sofá e fizemo-lo correr e suar por todos os poros, alguém sugere “que tal um gelado?”, todas a olhamos com um olhar fulminante; ela hesita, pensa, “será que devia começar a fugir, pedir mil desculpas, oferecer-lhes o mais humilde sorriso em arrependimento pela sugestão?
O silêncio parece demorar uma eternidade, por fim, todas concordam, “um gelado, boa ideia, as férias já terminaram, não faz mal se o resto do ano não couber no bikini”. “Amanhã regressamos ao ginásio e gastamos todas as calorias que vamos saborear”. 
“Ainda não foi desta que fui mais forte que as (vossas) desculpas”. Entretanto, chego a casa, felizmente tenho um cão e não um gato, vou à rua com ele, fazemos uma longa caminhada e gastamos o gelado e a preguiça, ele olha para mim com um sorriso arfante como quem pergunta, “Quando chegarmos a casa vamos jogar à bola, não vamos?”. Claro! Sorriu, acho que ainda tenho um iogurte grego de stracciatella para a sobremesa…

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