segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Chovia de alegria

Quando nasci, chovia,
Não sei se de tristeza ou alegria.
O céu em tom de profecia,
Olhava-me do alto e não sorria.

Quando nasci era manhã,
Minha mãe em estranho afã.
Com tanto ainda por fazer
Antes de me fazer nascer.

E eu buscando a luz,
Que ainda hoje me seduz,
Como se uma vida de escuridão
Me toldasse já o coração.

Mas a magoada profecia,
Que me acompanhava noite e dia,
Anos depois se desvaneceu,
Quando o meu sobrinho nasceu.

No dia do seu nascimento, chovia,
Não de tristeza, mas de alegria.
Eram lágrimas minhas e do céu,
Que cada um em amor lhe ofereceu.


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