sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Aquela que sou

Aquela que sou,
Casa, hotel, banco de jardim.
Na certeza que sempre estou,
De portas abertas em mim.

Por quem passa, quem vem,
Quem em mim adormece.
Que me fica como alguém,
Que no coração permanece.

Casa que sonha ser lar,
Recanto de vivente felicidade.
Queria tanto aconchegar,
A vida em qualquer idade.

Resta agora o jardim,
Aqui e ali, quase outonal                       
Com recantos de jasmim.
Neste olhar de madrigal.

Aquela que sou,
Talvez, apenas caminho.
Quando por ele vou, 
Percorrendo o meu destino.

Sem comentários:

Enviar um comentário