sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Imprevistos

O imprevisto acontece,
Quando dia nos amanhece.
De repente um trambolhão,
E ficamos estendidos no chão.

Com o corpo todo dorido,
Com o orgulho quase ferido.
Depois é ver qual o estrago,
Quando o susto ainda é vago.

Nódoas negras, quiçá arranhões,
Com sorte na roupa alguns rasgões.
Talvez passe só  com um beijinho,
Ou não baste esse gesto de carinho.

Desinfectante ou até alguns pontos,
Que nos deixam de dor meio tontos.
Mas a situação pode ainda ser pior,
E temos que recorrer ao Sr. Doutor.

Para engessar-nos a alma magoada,
Cozer-nos a existência envergonhada.
Sem desanimar só por um imprevisto,
Quando viver é um maravilhoso risco.


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