segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Memórias de petiz

Grandes são as memórias,
Que ainda contam histórias.
De uma vida ainda aprendiz,
Que por ser criança era feliz.

A lembrança das brincadeiras.
Das emoções tão verdadeiras.
Tudo era tão estranhamente belo,
Até o caminhar de raso chinelo.

O passado era tão recente,
O futuro parecia ausente.
Cada dia o simples despertar
Sempre trazia algo para revelar.

Quanto à dor, mas qual dor?
Do arranhão curado com amor?
Lágrimas do rosto a descer?
Que a brisa fazia desaparecer?

As memórias cresceram,
As histórias esmoreceram.
Até o sol pela noite apagado,
Obscureceu o olhar encantado.

Bem que tentou não crescer
Bem que lutou para não perder.
A criança feliz que então era,
Quem lhe roubou a Primavera?



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